Suzano em Xeque: Dumping nos EUA Abala Ações e Testa Resiliência da Gigante de Celulose
Ação da Suzano cai após acusação de dumping nos EUA. Veja a análise crítica, os riscos regulatórios, fundamentos da empresa e se SUZB3 ainda vale a pena para investidores em 2025.
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7/10/20253 min ler


A Suzano (SUZB3) enfrenta uma tempestade de preocupações: a ação recuou para cerca de R$ 50 após o Departamento de Comércio dos EUA acusar a empresa de praticar dumping — vendendo celulose abaixo do valor normal nos últimos 12 meses. A notícia estremeceu o mercado, levantando riscos que vão além da volatilidade cambial e dos ciclos da celulose.
O Caso de Dumping nos Estados Unidos
O órgão americano apurou uma diferença de 14,42% entre o preço de exportação da Suzano e o valor considerado justo, entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Isso pode abrir caminho para tarifas antidumping, aumentando custos e reduzindo competitividade da Suzano no mercado americano. Os papéis caíram aproximadamente 1,8% no pregão desta quarta-feira (09), de olho no impacto das possíveis sanções
Perspectiva de Curto Prazo: Riscos e Reações
Cotação atual: R$ 50, recuperação de R$ 62 no início do ano, queda acumulada de 18%.
Volume e volatilidade: alta atenção em dias de divulgação de relatórios ou reuniões regulatórias.
Incerteza legal: caso o dumping seja confirmado, tarifas podem reduzir margens operacionais e gerar pressão no EBITDA.
Perspectiva de Médio Prazo: Por que permanecer atento
Valuation atrativo
XP mantém recomendação de compra com preço-alvo em R$ 92, destacando potencial de upside de aproximadamente 80%, amparado por tese de ponto de inflexão na celulose.Fusão com Kimberly-Clark (tissue)
O recente acordo para aquisição de 51% dos ativos de tissue da Kimberly-Clark — avaliado em US$ 3,4 bilhões — impulsionou o papel em +6,4%. Essa diversificação gera fluxo de caixa estável e reduz dependência da celulose pura.Resultados sólidos no 1T25
Lucro líquido de R$ 6,35 bilhões (ante R$ 220 milhões um ano antes), e EBITDA ajustado de R$ 4,9 bilhões, mesmo com pressão em pricing de celulose. Geração de caixa forte, alavancagem ainda sob controle.
Análise Crítica: Pontos Positivos e Riscos da Suzano (SUZB3)
Pontos Positivos:
Valuation atrativo: A ação está com múltiplos descontados, com potencial de valorização superior a 60% no médio prazo.
Diversificação estratégica: O recente acordo com a Kimberly-Clark reduz a dependência do ciclo da celulose e adiciona fluxo de caixa estável.
Exposição ao mercado global: Forte presença internacional e receita em dólar favorecem a Suzano em momentos de alta cambial.
Governança e ESG: A empresa está listada no Novo Mercado, com compromissos sólidos com sustentabilidade e boas práticas corporativas.
Riscos e Pontos de Atenção:
Desconto persistente no papel: Mesmo com fundamentos sólidos, o mercado pode manter a ação pressionada no curto prazo.
Desafios na integração da JV: Sinergias com a Kimberly-Clark podem levar tempo para se materializar ou enfrentar entraves operacionais.
Exposição a riscos regulatórios: O caso de dumping nos EUA pode resultar em tarifas que afetam a margem e a competitividade.
Cenário macroeconômico global: Uma desaceleração global pode impactar negativamente a demanda por celulose e pressionar preços.
A Suzano enfrenta desafios reais com a acusação de práticas comerciais ilegais nos EUA, o que pode resultar em tarifas que pesem no curto prazo. Ainda assim, fundamentos fortes — como valuation descontado, robustez financeira e expansão estratégica — sustentam a tese de recuperação no médio prazo. A fusão com a Kimberly-Clark é uma jogada inteligente nesse sentido.
INVESTIDORES devem observar de perto os desdobramentos nos EUA, considerar uma posição gradual — e monitorar indicadores operacionais pós-JV, além de possíveis impactos regulatórios. A empresa continua a ser uma das mais versáteis do setor, mas agora em meio a um cenário regulatório global sensível.
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