Ibovespa recua 1,26% com sobrecarga de tensões comerciais globais e dólar em alta

Ibovespa recua 1,26% nesta segunda-feira (07/07) com tensão global após tarifas anunciadas pelos EUA. Veja os principais motivos da queda, impacto nas ações e cenário para os próximos dias.

7/7/20252 min ler

Nesta segunda-feira (7), o Ibovespa teve forte queda de 1,26%, encerrando o pregão aos 139.490 pontos, após encerrar a semana anterior batendo recordes acima de 141 mil.

Razões do movimento negativo

  • Medo do “tarifaço” dos EUA
    O presidente Donald Trump anunciou tarifas de 25% a 40% sobre importações de diversos países (coreia, japão, África do Sul), com aplicação prevista a partir de 1º de agosto. Essa medida reacende o risco de guerra comercial, causando impacto imediato nas bolsas

  • Real se desvaloriza
    O dólar subiu quase 1%, cotado a R$ 5,47, impulsionado pelo temor de novas tarifas globais.

  • Realização de lucros após máxima histórica
    Após atingir mais de 141 mil pontos, investidores aproveitaram a valorização para realizar lucros, aprofundando a queda durante o dia

Desempenho dos principais ativos do dia

  • Vale (VALE3) recuou 1,47%, acompanhando o recuo do minério na China.

  • Petrobras PN (PETR4) teve leve queda de 0,19% apesar da alta do petróleo.

  • Bancos pesam: BBAS3 caiu 1,52%, BBDC4 -1,08%, ITUB4 -1,22%, SANB11 -0,82%

Contexto macroeconômico

  • Inflação ainda acima da meta: Boletim Focus sinaliza IPCA de 5,18% para 2025 — acima do teto de 4,5%

  • Selic permanece em 15%: mercado não espera cortes antes de 2026

O que muda para o investidor

  • Volatilidade no radar: com tensões internacionais e dólar instável, ativos cíclicos (como VALE3 e PETR4) estão mais arriscados.

  • Proteção via renda fixa: com Selic alta, produtos pós-fixados se reforçam como alternativa segura diante do risco externo.

  • Acompanhamento intensificado: dados de inflação, dólar e desdobramentos das negociações globais serão os próximos catalisadores do Ibovespa.

Resumo para o investidor

O Ibovespa recuou 1,26% nesta segunda-feira devido à combinação de tarifas comerciais dos EUA, real mais fraco e ajuste técnico após recorde histórico. Investidores precisam estar atentos às próximas semanas, pois o cenário externo continua determinante para o humor do mercado.

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