ETFs internacionais: por que investir em dólar agora?

Investir em ETFs internacionais nunca foi tão relevante quanto em 2025. Em um mundo cada vez mais interconectado, onde a economia global influencia diretamente o mercado brasileiro, os ETFs atrelados a ativos no exterior oferecem uma forma acessível de diversificar sua carteira e proteger seu capital. E mais: com o dólar se mantendo em patamares elevados, investir em moeda forte pode ser uma estratégia inteligente para o longo prazo.

O que são ETFs Internacionais?

ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento negociados em bolsa que replicam o desempenho de um índice. No caso dos internacionais, o índice de referência está relacionado a ativos fora do Brasil, como o S&P 500, Nasdaq, MSCI World, entre outros. No Brasil, é possível investir nesses fundos via B3, como os populares IVVB11, SPXI11, XINA11 e outros.

Por que investir em ETFs atrelados ao dólar?

1. Proteção cambial: Com o real sendo uma moeda mais volátil, ter parte do portfólio exposto ao dólar ajuda a proteger contra desvalorizações.

2. Diversificação global: Economias como a dos Estados Unidos ou de países asiáticos oferecem oportunidades diferentes das brasileiras.

3. Empresas globais: Ao investir em ETFs como IVVB11 (que replica o S&P 500), você está se tornando sócio de empresas como Apple, Microsoft, Google e Amazon.

4. Baixo custo: Os ETFs têm taxas de administração reduzidas e não exigem grande capital inicial.

5. Liquidez: São negociados em bolsa, com facilidade de compra e venda pelo home broker.

Cenário atual do dólar

Em junho de 2025, o dólar oscila próximo a R$ 5,50, reflexo de tensões geopolíticas no Oriente Médio e da expectativa global por cortes ou manutenção dos juros nos EUA. Em momentos de incerteza, o dólar tende a se valorizar, pois investidores buscam segurança na moeda americana. Para o investidor brasileiro, isso pode significar ganhos cambiais mesmo que o ETF mantenha seu preço estável em dólar.

Principais ETFs internacionais disponíveis na B3

• IVVB11: replica o S&P 500 (EUA)

• SPXI11: alternativa ao IVVB11, também espelha o S&P 500

• XINA11: expõe às maiores empresas da China

• EUAU11: foca em empresas norte-americanas de valor

• EURP11: foca em grandes empresas da Europa

Como incluir ETFs internacionais no seu portfólio

Para investidores iniciantes, uma alocação de 10 a 20% da carteira nesses ETFs já proporciona uma boa diversificação. Já para perfis mais arrojados, pode-se considerar até 30%, dependendo dos objetivos e horizonte de investimento.

Exemplo prático:

Se você comprar R$ 5.000 em IVVB11 com o dólar a R$ 5,50 e, em um ano, o dólar subir para R$ 6,00 (mesmo com estabilidade nos ativos americanos), você já teria um ganho cambial de cerca de 9%. Se os ativos também se valorizarem, o ganho será ainda maior.

Conclusão

Investir em ETFs internacionais é uma forma inteligente de blindar sua carteira, participar do crescimento de economias mais desenvolvidas e aproveitar a valorização do dólar. Em um cenário volátil como o atual, onde o mercado brasileiro está sujeito a diversas incertezas fiscais, políticas e externas, ter parte do seu portfólio dolarizado é uma estratégia de proteção e crescimento a longo prazo.

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