Ibovespa em níveis históricos: o que está por trás dos recentes recordes?

Ibovespa atinge novo recorde histórico de 141 mil pontos, impulsionado por fluxo internacional, bancos e commodities. Veja o que está por trás da alta e o que acompanhar nos próximos dias.

7/4/20252 min ler

O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, atingiu a marca inédita de 141.303 pontos intra‑dia e fechou em 140.928 pontos na última quinta-feira (3), com valorização de +1,35%. A sequência continuou nesta sexta-feira (4), quando o índice tocou 141.563, finalizando o dia em torno de 141.264 pontos, mesmo com liquidez reduzida devido ao feriado nos EUA.

Segue um panorama completo dos principais fatores que impulsionaram essa trajetória e o que monitorar nos próximos dias:

Fatores que impulsionam os 141 mil pontos

Fluxo positivo dos EUA e dados econômicos robustos

Nos EUA, o relatório de emprego (payroll) mostrou 147 mil vagas novas em junho, acima das expectativas, com a taxa de desemprego caindo para 4,1%. Esse otimismo global, mesmo com juros ainda altos, favoreceu os ativos de risco, beneficiando especialmente mercados emergentes como o Brasil.

Ações de bancos e commodities lideram ganhos

Itaú PN subiu +2,47%, Bradesco ON +2,12%, Petrobras ON/PN tiveram alta moderada. Também se destacaram Embraer (+4,42%), Engie (+4,49%) e CVC (+4,18%).

Liquidez reduzida e feriado nos EUA

Com os mercados americanos fechados no Dia da Independência (4 de julho), o volume no Brasil foi mais baixo — R$ 16,5 bilhões na quinta e apenas R$ 9 bilhões na sexta.

Apesar disso, o índice manteve a alta, mostrando força e resiliência.

Movimento “trade Brasil” e visões favoráveis dos analistas

O desempenho robusto de empresas locais, junto de fluxo internacional, impulsiona o mercado mesmo com Selic em 15%. Projeções de bancos como XP e Bradesco estimam Ibovespa entre 145 mil e 155 mil pontos até o fim de 2025

Comparativo de Performance e Câmbio – Julho de 2025

Ibovespa (fechamento em 04/07/2025):
Fechou próximo de 141.264 pontos, após bater 141.563 no intradiário.
Variação semanal:
Acumulou alta de aproximadamente +2,97% nos últimos cinco pregões.
Variação no ano (YTD):
Acumula valorização de +17,2% em 2025 até o fechamento da semana.
Dólar comercial:
Cotado a cerca de R$ 5,40, mantendo queda consistente e menor nível desde meados de 2024.

O que fica de lição

Resiliência apesar de juros elevados
Mesmo com a Selic em patamares altos, o mercado de ações mostra atratividade por empresas sólidas e fluxo estrangeiro.
Atenção aos eventos globais
Feriados nos EUA impactam liquidez global, mas também podem gerar movimentos de continuidade de tendências.
Oportunidade para estratégias de curto e médio prazo
Com recordes seguidos, surgem janelas para operações pontuais em ações de bancos, indústria e commodities.

O que observar nos próximos dias

Manutenção do suporte nos 141 mil pontos — superação ou leve recuo indicam próxima direção.
Movimentações do dólar — queda adicional pode impulsionar ainda mais o Ibovespa.
Cenário político e fiscal no Brasil, incluindo decisões sobre IOF, que seguem em destaque após suspensão pelo STF.

Resumo para o investidor

O Ibovespa alcançou a casa dos 141 mil pontos, impulsionado por um cenário global robusto, desempenho positivo de empresas brasileiras e fluxo internacional contínuo — mesmo diante de juros altos e liquidez fraca. Esse movimento reforça a força da Bolsa brasileira em 2025, mas exige atenção no monitoramento dos principais vetores de mercado.