Os Melhores Investimentos em Cenários de Inflação Alta: Proteja Seu Dinheiro em 2025
Com a inflação projetada em 5,24% para 2025, veja os melhores investimentos para proteger seu dinheiro. Tesouro IPCA+, FIIs, ações e mais em um guia completo.
6/28/20254 min ler


Com a inflação projetada em 5,24% para 2025, muitos brasileiros estão se perguntando como proteger seu patrimônio e, mais do que isso, fazer o dinheiro render em um ambiente econômico desafiador. Em contextos inflacionários, investimentos que perdem para a inflação representam perda real de poder de compra. Por isso, é fundamental entender quais são os ativos mais indicados para esse tipo de cenário.
Neste guia, vamos apresentar as melhores opções para investir durante um período de inflação elevada, explicando como cada um funciona, suas vantagens e como incluí-los na sua carteira de forma inteligente.
O que acontece com o dinheiro em tempos de inflação?
A inflação é o aumento generalizado e sustentado dos preços ao longo do tempo. Em termos práticos, significa que o dinheiro perde valor. Se você tinha R$ 1.000 e os preços sobem 5,24%, seu dinheiro compra 5,24% menos do que antes.
Investir em ativos que rendem abaixo da inflação é o mesmo que deixar o dinheiro desvalorizar. Por isso, a meta de qualquer investidor em cenários assim deve ser ter rentabilidade real positiva.
Características dos bons investimentos em alta inflacionária:
Proteção contra a inflação (indexados ao IPCA)
Liquidez (capacidade de resgatar sem prejuízo)
Baixo risco (especialmente para perfil conservador)
Rentabilidade real (acima da inflação)
Principais ativos
1. Tesouro IPCA+ (Tesouro Direto)
O Tesouro IPCA+ é um dos investimentos mais eficientes para proteger o capital em cenários de inflação alta. Ele garante um juro real (ex: 6%) + a inflação oficial (IPCA), o que significa que você sempre estará vencendo a desvalorização do dinheiro.
Exemplo:
Com IPCA de 5,24% e taxa real de 6%, a rentabilidade total anual é de aproximadamente 11,24%. Um investimento de R$ 10.000 rende cerca de R$ 1.124 por ano, ajustado pela inflação.
Vantagens:
Proteção direta contra inflação
Títulos de longo prazo ideais para aposentadoria
Acessível via Tesouro Direto
Cuidados:
Marcação a mercado: se resgatar antes do vencimento, pode haver perdas se as taxas subirem
2. Fundos Imobiliários (FIIs) indexados ao IPCA
Os FIIs são fundos que investem em ativos do setor imobiliário, como galpões logísticos, lajes corporativas ou recebíveis (CRI). Alguns fundos são atrelados ao IPCA, o que significa que seus rendimentos aumentam com a inflação.
Exemplos:
HGLG11 (logística, parte dos contratos corrigidos pelo IPCA)
KNCR11 (recebíveis com indexação inflacionária)
Vantagens:
Renda mensal isenta de IR
Proventos acompanham a inflação
Diversificação e acessibilidade (a partir de R$ 100)
Cuidados:
Risco de vacância e inadimplência
Volatilidade em cenários de juros altos
3. Ações de empresas com repasse de preços
Nem toda ação sofre com a inflação. Algumas empresas conseguem repassar o aumento de custos ao consumidor, protegendo suas margens.
Exemplos:
Energéticas (ex: TAEE11, TRPL4)
Setor financeiro (ex: BBAS3, ITUB4)
Varejo essencial (ex: PARD3, RADL3)
Vantagens:
Possibilidade de ganho de capital
Dividendos regulares
Proteção contra desvalorização
Cuidados:
Volatilidade de curto prazo
Exige conhecimento para selecionar empresas com bom histórico
4. CDBs atrelados ao IPCA
Os Certificados de Depósito Bancário também têm versões atreladas ao IPCA. O funcionamento é semelhante ao Tesouro IPCA+, mas com emissão por bancos.
Exemplo:
CDB IPCA+ 6,2% a.a., vencimento em 2029
Vantagens:
Rentabilidade superior ao Tesouro em alguns casos
Garantia do FGC (até R$ 250 mil por CPF e instituição)
Cuidados:
Liquidez: geralmente só permitem resgate no vencimento
Emissão por bancos menores pode envolver mais risco
5. Fundos Multimercado com foco em inflação
Alguns fundos multimercado utilizam estratégias específicas para se beneficiar da alta da inflação, operando com ativos como DIs, commodities e derivativos.
Vantagens:
Gestão profissional ativa
Alvo em ganho real, mesmo com volatilidade
Cuidados:
Taxas de administração e performance elevadas
Exige análise do histórico do gestor
6. Commodities: ouro e petróleo
Em momentos de perda de valor das moedas, commodities reais costumam ser procuradas como reserva de valor.
Ouro (via ETF GOLD11):
Proteção contra crises e inflação global
Petróleo (via ETF BBRC11):
Pode se valorizar com choques de oferta e tensões geopolíticas
Cuidados:
Alta volatilidade
Não geram renda passiva
Devem compor pequena parte da carteira (diversificação)
Como montar uma carteira anti-inflação
Uma carteira bem diversificada pode ajudar a proteger e valorizar seu capital mesmo em cenários adversos. Veja uma sugestão para perfil moderado:
40% em Tesouro IPCA+ e CDB IPCA
25% em FIIs indexados ao IPCA
20% em ações de setores defensivos
10% em fundo multimercado de inflação
5% em ouro ou commodities
Essa combinação busca equilíbrio entre proteção, liquidez e retorno.
Conclusão
A inflação alta é um desafio real para quem quer preservar e aumentar o patrimônio. Deixar dinheiro parado na poupança ou em investimentos que rendem abaixo do IPCA é abrir mão de poder de compra.
Ao investir de forma consciente, priorizando ativos que acompanham ou superam a inflação, é possível manter estabilidade financeira mesmo em tempos incertos. O mais importante é alinhar os investimentos com seu perfil, objetivos e horizonte de tempo.
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Quer mais dicas para proteger seus investimentos em 2025? Continue acompanhando o Investimentos em Foco e veja nossas análises completas sobre os melhores ativos para cada cenário.
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