Tesouro Direto ou CDB: Qual o Melhor Investimento em 2025?

Tesouro Direto ou CDB? Descubra qual investimento rende mais, é mais seguro e faz mais sentido para seu perfil em 2025. Comparação completa com exemplos práticos.

7/2/20254 min ler

Com a taxa Selic ainda em níveis elevados e a renda fixa voltando a ganhar destaque, muitos investidores — iniciantes ou não — se deparam com uma dúvida clássica: Tesouro Direto ou CDB?

Ambos são investimentos de renda fixa, oferecem segurança e previsibilidade, mas têm diferenças importantes em rendimento, liquidez, tributação e finalidade. Neste artigo, você vai entender:

  • O que é o Tesouro Direto e como funciona

  • O que é um CDB e como ele rende

  • Quando cada um faz mais sentido

  • Comparações reais com números atualizados

  • E qual escolher em 2025, de acordo com seu perfil e objetivo

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite a qualquer pessoa investir em títulos públicos federais, por meio da internet, a partir de R$ 30.

Você está, na prática, emprestando dinheiro ao governo — e em troca, ele paga juros. Como é garantido pela União, é considerado um dos investimentos mais seguros do Brasil.

Tipos de títulos mais comuns:

  • Tesouro Selic: acompanha a taxa Selic, indicado para reserva de emergência.

  • Tesouro IPCA+: rende IPCA + uma taxa fixa, ideal para proteger o poder de compra no longo prazo.

  • Tesouro Prefixado: tem taxa fixa acordada no momento da compra, recomendado quando se espera queda nos juros.

O que é um CDB?

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por bancos, que utilizam esse dinheiro para emprestar a clientes ou financiar operações.

Você, investidor, empresta dinheiro ao banco — e ele devolve com juros, conforme o prazo e condições do CDB.

Tipos mais comuns:

  • CDB com liquidez diária: ideal para reserva de emergência.

  • CDB com vencimento: pode render mais, mas só paga no final (sem liquidez antes do prazo).

  • CDB escalonado: combina prazos intermediários, útil para quem quer rendimentos ao longo do tempo.

Comparando Tesouro Direto vs. CDB em 2025

1. Segurança

  • Tesouro Direto: garantido pelo Tesouro Nacional (governo federal).

  • CDB: garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil por CPF e por instituição.

Ambos são seguros, mas o Tesouro tem risco soberano (mais seguro que qualquer banco).

2. Rendimento

  • Tesouro Selic 2029: rendimento bruto em torno de 15% ao ano (julho de 2025).

  • CDBs com liquidez diária: variam de 100% a 105% do CDI.

  • CDBs de prazo fixo (2-3 anos): podem pagar até 115% do CDI (Aproximadamente 12,2% ao ano).

CDBs tendem a render mais, especialmente se você buscar bancos médios ou fintechs. Mas exige atenção à liquidez e instituição emissora.

3. Liquidez

  • Tesouro Selic: liquidez diária (com D+1), ótimo para emergências.

  • Tesouro Prefixado/IPCA+: podem ter marcação a mercado (podem gerar perda se vendidos antes do vencimento).

  • CDB com liquidez diária: liquidez semelhante ao Tesouro Selic (D+1 ou D+0).

  • CDB com vencimento: sem liquidez antecipada — você só recebe no fim.

Para reserva de emergência, ambos são bons. Para objetivos de médio/longo prazo, o Tesouro IPCA+ ou CDBs longos rendem mais.

Tributação

O IR é cobrado apenas sobre o lucro (rendimentos) e segue uma tabela regressiva conforme o tempo que o dinheiro fica investido:

Até 180 dias:
Alíquota de 22,5% sobre os rendimentos.

De 181 a 360 dias:
Alíquota de 20% sobre os rendimentos.

De 361 a 720 dias:
Alíquota de 17,5% sobre os rendimentos.

Acima de 720 dias:
Alíquota mínima de 15% sobre os rendimentos.

Importante:

  • Essa regra vale para Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs, debêntures, fundos de renda fixa, entre outros.

  • LCIs e LCAs são isentas de IR para pessoa física.

  • A cobrança é feita automaticamente na fonte no momento do resgate ou vencimento.

Facilidade de investir

  • Tesouro Direto: pode ser comprado por plataformas como BTG, NuInvest, Inter, XP, Rico, etc.

  • CDB: disponível nos mesmos lugares — com o diferencial que alguns bancos oferecem direto no app, como Nubank, Banco Inter e PicPay.

Ambos são fáceis, rápidos e acessíveis a partir de valores baixos.

Simulação: Investimento de R$ 10 mil por 2 anos

Tesouro IPCA+ 2029

  • Taxa estimada: IPCA + 5,6% ao ano

  • Inflação projetada (IPCA): 5% ao ano

  • Rendimento bruto estimado: 10,6% ao ano

  • Rendimento líquido aproximado: 9,01% ao ano

  • Valor final estimado: R$ 11.887

CDB de 110% do CDI

  • Rendimento bruto: 16,5% ao ano

  • Rendimento líquido aproximado: 14,03% ao ano

  • Valor final estimado: R$ 13.092

CDB de 100% do CDI

  • Rendimento bruto: Aproximadamente 15% ao ano

  • Rendimento líquido aproximado: 12,75% ao ano

  • Valor final estimado: R$ 12.872

Qual o melhor investimento em 2025?

A escolha entre Tesouro Direto e CDB depende do seu perfil de investidor e dos seus objetivos financeiros. Veja abaixo as recomendações conforme cada caso:

Perfil Conservador

  • Melhor opção: Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária

  • Objetivo: segurança máxima e acesso rápido ao dinheiro

  • Por quê: ambos oferecem liquidez e proteção; o Tesouro tem risco soberano, e o CDB é garantido pelo FGC

Reserva de Emergência

  • Melhor opção: Tesouro Selic ou CDB com liquidez imediata (D+0 ou D+1)

  • Objetivo: formar um fundo para imprevistos

  • Por quê: baixo risco, liquidez diária e estabilidade nos rendimentos

Médio Prazo (2 a 3 anos)

  • Melhor opção: CDB com vencimento ou Tesouro IPCA+

  • Objetivo: rentabilidade superior a curto prazo

  • Por quê: esses ativos oferecem taxas melhores, mas exigem paciência até o vencimento

Longo Prazo (aposentadoria ou grandes metas)

  • Melhor opção: Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 ou 2035

  • Objetivo: preservar poder de compra e garantir ganhos reais

  • Por quê: o IPCA+ protege contra a inflação e é ideal para planos acima de 5 anos

Conclusão

O debate Tesouro Direto vs. CDB continua relevante em 2025 — e a resposta não é única. Ambos são excelentes produtos de renda fixa, mas cada um atende melhor a situações diferentes.

Se você quer segurança máxima, previsibilidade e proteção contra inflação, o Tesouro Direto é imbatível. Mas se busca rentabilidade maior e aceita comprometer a liquidez, os CDBs ganham vantagem — especialmente os de bancos médios com boas taxas.

A melhor decisão? Diversifique. Use o Tesouro para proteger e o CDB para acelerar. Isso é o coração de uma carteira inteligente.

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