Vale surpreende em cenário difícil: resultados sólidos e R$ 8 bilhões em proventos no 2T25
Mesmo com queda no minério de ferro, a Vale (VALE3) surpreende no 2T25 com lucro acima do esperado, forte geração de caixa e R$ 8 bilhões em proventos. Hora de comprar?
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8/3/20252 min ler


Mesmo com a queda nos preços do minério de ferro, a mineradora Vale (VALE3) apresentou resultado operacional robusto no segundo trimestre de 2025 (2T25), superando estimativas do mercado. Além disso, anunciou o pagamento de R$ 8,1 bilhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), representando um yield anualizado de cerca de 7%.
Destaques do balanço do 2T25
Lucro líquido: US$ 2,12 bilhões, uma queda anual de 24%, mas acima da estimativa de US$ 1,44 bi feita por analistas.
EBITDA ajustado: US$ 3,4 bilhões, queda de 14%, mas superando o consenso de mercado e as previsões do Bradesco BBI e Bloomberg.
Segmento de Minério de Ferro: receita de US$ 8,3 bilhões, queda de 16%, compensada pela redução de custos — custo Caixa C1 caiu 11% para US$ 22,2/tonelada.
Metais básicos (níquel e cobre): receita de US$ 1,8 bilhão (+14%); EBITDA saltou 77% para US$ 721 milhões por volumes maiores e reversão de dano.
Fluxo de caixa livre (FCF): subiu de US$ 197 milhões para US$ 1 bilhão, graças à redução nos investimentos e capex projetado.
Proventos anunciados
A mineradora aprovou a distribuição de US$ 1,45 bilhão em JCP — equivalentes a cerca de R$ 8,1 bilhões. Com isso, o yield anualizado estimado gira em torno de 7%, com base nos valores atuais das ações. O pagamento será feito em 3 de setembro, com data-base de 12 de agosto.
O que os analistas dizem?
A Empiricus, via Ruy Hungria, reafirma que a Vale está executando muito bem sua operação, mantendo eficiência mesmo diante do cenário difícil. A mineradora é parte da carteira "Vacas Leiteiras" para dividendos.
O Bradesco BBI e o Itaú BBA mantêm recomendação outperform (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 74, destacando o controle de custos do segmento de minério.
A Genial Investimentos projeta um valuation de cerca de 4x EBITDA esperado para 2025 e considera VALE3 subvalorizada, especialmente com a melhora operativa crescente.
Já o Morgan Stanley emite uma visão mais neutra (equal weight), mas elogia o desempenho e aprova o dividendo de US$ 0,34 por ação — acima das estimativas iniciais.
Motivos para considerar VALE3 neste momento
Dividendos consistentes: yield elevado (7%) já incorporado aos resultados.
Eficiência operacional: forte controle de custos mesmo com preços pressionados.
Diversificação de negócios: alta performance no segmento de cobre e níquel.
Fluxo de caixa robusto: melhora acentuada permite investimento ambicioso ou recompra futura.
Riscos a acompanhar
Queda persistente nas commodities: preços baixos do minério afetam receita.
Volatilidade cambial: amplifica os impactos nos resultados.
Adverse market sentiment: cenário macro e tarifário pode reduzir apetite por minério.
Endividamento ainda presente: dívida líquida expandida de US$ 17,4 bi, perto da banda superior do guidance.
A Vale entregou um 2º trimestre resiliente, mesmo diante do cenário adverso para o setor. Superou expectativas operacionais, reduziu custos, destacou-se nos negócios de metais básicos e reforçou a remuneração ao acionista com proventos de R$ 8,1 bilhões.
Se seu foco é dividendos, fluxo de caixa e estabilidade operacional em meio à volatilidade global, a VALE3 merece atenção — embora a cautela com o ciclo de commodities e pressões macroeconômicas siga recomendada.
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