Banco do Brasil (BBAS3): queda recente traz desconto, mas riscos de crédito exigem cautela
A ação BBAS3 caiu 23% em 3 meses, mas fundamentos sólidos e dividendos robustos ainda atraem investidores. Veja a análise crítica completa e se vale a pena comprar agora.
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7/11/20252 min ler


A ação do Banco do Brasil (B3: BBAS3) acumula uma queda de cerca de 23% no último trimestre, cotada agora em aproximadamente R$ 21,20 — patamar que reflete não apenas volatilidade do mercado, mas preocupações específicas com o crédito rural.
Ponto de partida: queda forte, mas retorno total positivo
Nos últimos três anos, BBAS3 rendeu cerca de 32% apenas com valorização, mas entregou um retorno total ao acionista (TSR) de 77%, impulsionado por dividendos. Apesar disso, no último ano, o retorno total foi negativo (-11%) frente a um Ibovespa em alta de 7,5% — mostrando que mesmo ações sólidas sofrem sazonalmente.
Desafios recentes: crédito rural e riscos específicos
Uma forte maior preocupação é com a exposição ao agronegócio: o banco anunciou apoio de R$ 230 bilhões via Plano Safra, mas o índice de inadimplência de crédito rural subiu para 3,04%, elevando o risco da carteira.
Esse aumento na inadimplência junto à queda nos lucros trimestrais levou a uma queda de 25% no valor de mercado, com rebaixamentos de XP e BTG e posições vendidas de Legacy Capital.
Fundamentos ainda sólidos: valuation e lucro
O P/E de aproximadamente 3,9x indica forte desconto frente ao lucro, sugerindo que o mercado está pessimista demais — uma avaliação que pode sinalizar oportunidade.
O banco projeta crescimento de 5% a 9% no financiamento rural — apesar dos riscos, a carteira continua robusta.
A previsão de lucro ajustado entre R$ 37 e R$ 41 bilhões em 2025, com potencial de alta de até 8%, e ROE elevado (20–21%) sustentam o caso.
Indicadores técnicos e projeções de preço
No curto prazo, padrões técnicos indicam possível continuidade da queda, com suporte em R$ 21,10 e alertas antes de rompimento inferior — se esse suporte falhar, cotação pode ir a R$ 16 num cenário negativo.
A análise de risco também mostra resistência entre R$ 21,90 e R$ 22,30 — valorizações nesse intervalo poderiam atrair compradores.
Avaliação: prós e contras de investir agora
Pontos positivos
Valuation irresistível — múltiplos muito abaixo da média histórica.
Payout yield atrativo (aproximadamente 9%), com histórico consistente de dividendos .
Lucro ajustado crescente e ROE próximo a 21%.
Riscos
Aumento de inadimplência no agronegócio pressiona os resultados.
Posição das instituições financeiras mostra vulnerabilidade sazonal.
Risco de cortes de dividendos caso a inadimplência avance.
O Banco do Brasil está barato, com múltiplos próximos ao livro (P/B aproximadamente 0,67) e dividendos robustos (aproximadamente 9%). Esses sinais tornam BBAS3 uma oportunidade atraente para investidores de perfil moderado a arrojado, que aceitam ciclos de estresse no agronegócio. No entanto, quem já possui posição deve monitorar atentamente relatórios de inadimplência e resultados trimestrais.
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