Lojas Renner despenca até 7%, mas analistas destacam trimestre sólido

As ações da Lojas Renner (LREN3) recuaram até 7% durante o pregão desta sexta-feira (8), revertendo sequência de alta acumulada, após a divulgação dos resultados do 2T25.

Destaques positivos do 2T25

• Lucro líquido de R$ 404,5 milhões, alta de 28,4% sobre o 2T24;

• Receita líquida de varejo cresceu 18,5%, atingindo R$ 3,6 bilhões, puxada por eventos como Dia das Mães e Namorados;

• SSS (vendas mesmas lojas) avançou 17,3%, acima de concorrentes como C&A e Guararapes;

• EBITDA ajustado subiu 32,9%, para R$ 891 milhões, com margem expandida para 24,4%;

• A Realize, braço financeiro, registrou lucro de R$ 118 milhões, com melhora de 68% no perfil de crédito.

O que preocupa o mercado?

As despesas operacionais cresceram 15,9%, o que pesou sobre o resultado bruto. Apesar dos números sólidos, analistas do Bradesco BBI não veem motivo para revisão de projeções, mantendo recomendação neutra, por incertezas no consumo discricionário e efeito sazonal.

O BTG Pactual enxerga fundamentos resistentes e margem bruta em expansão como fatores positivos para manter recomendação de compra, mesmo prevendo desaceleração no segundo semestre. Já a XP destaca que os resultados reforçam a tese construtiva, apontando a margem bruta como KPI chave — mas com cautela diante dos custos administrativos.

Apesar do desempenho operacional robusto da Renner — com lucro e margens em alta e excelente performance de SSS — o mercado preferiu embolsar ganhos, levando ações a recuarem. Para analistas, o resultado foi sólido, mas ainda insuficiente para alterar o cenário cauteloso diante dos desafios macroeconômicos. O foco agora se volta ao segundo semestre e ao comportamento do consumo.

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