Como a escalada no Oriente Médio pode influenciar o preço do petróleo

Conflito no Oriente Médio pressiona o preço do petróleo e afeta mercados. Saiba como proteger seus investimentos diante desse cenário instável.

6/22/20252 min ler

Em uma semana bastante turbulenta para o mercado, com reações ao conflito envolvendo Israel e o Irã, o Brent chegou a subir 11%, atingindo cerca de US$ 78 o barril, a maior alta em um mês. Analistas alertam que, se a tensão no oriente médio persistir ou se houver ataques ao Estreito de Ormuz, o preço pode avançar para US$ 100–130/barril.

Fechamento do Estreito de Ormuz como gatilho de choque

O Parlamento iraniano autorizou explorar o fechamento do Estreito de Ormuz — responsável por cerca de 20% do petróleo global — como retaliação.
Se ocorrer suspensão, Citi projeta preços entre US$ 75–78 (se 1,1 M bpd forem afetados) e até US$ 90+ em caso de bloqueio prolongado. No pior cenário, com corte de 3 M bpd, Brent poderia chegar a US$ 120–130.

Efeitos macroeconômicos globais

  • A IEA alerta que a instabilidade pode pressionar a inflação global, reduzir o PIB e manter juros altos nos bancos centrais.

  • O Banco Mundial, FMI e OCDE revisaram projeções de crescimento para baixo, justamente por esse risco.

Impacto direto no Brasil e no consumidor

  • No Brasil, o diesel importado já subiu cerca de 15% em função do conflito.

  • Com a escalada, estima-se que bombas no Brasil registrem preços ainda maiores, pressionando a inflação local.

  • O setor energético — especialmente petróleo e gás — pode gerar oportunidades na bolsa brasileira, mas também riscos inflacionários.

Produção alternativa alivia o impacto

  • A IEA indica que, por ora, há oferta global suficiente (estoques altos e produção não-OPEP em expansão) .

  • Países como Arábia Saudita, EUA e Rússia podem aumentar a produção para moderar o choque.

Conclusão

  • O conflito no Oriente Médio tem potencial real de elevar o petróleo globalmente, com cotação entre US$ 90–130/barril se o Estreito de Ormuz for afetado.

  • Impactos no Brasil já são visíveis: diesel subiu e há risco de inflação.

  • Para investidores, isso pode gerar oportunidades em ações de energia, mas exige cuidado com o risco macroeconômico.

O que fazer agora

  • Acompanhe o preço do Brent e os volume diários de produção.

  • Avalie seu portfólio: exposição a papel de energia pode valorizar, mas também aumenta sensibilidade à inflação.

  • Fique atento à política monetária: inflação global pode manter juros altos, alterando seu mix de investimentos.

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