Dólar avança para R$ 5,42 com foco em acordos comerciais e feriado nos EUA

Nesta sexta-feira (4), o dólar comercial subiu 0,27%, sendo cotado a R$ 5,42, retomando parte de suas perdas recentes após acumular quedas nos dois pregões anteriores (mínima desde agosto de 2024).

O mercado opera com liquidez reduzida em razão do feriado de Independência dos EUA, o que pode gerar volatilidade. Investidores estão de olho no prazo da chamada "trégua comercial" — programada inicialmente para 9 de julho — e aguardam a definição de novas tarifas, conforme comunicado pelo presidente Trump, que enviará cartas com detalhes das taxas nesta sexta.

O que está mexendo com o câmbio?

• Acordos comerciais dos EUA

  • Trump discute redução de tarifas, como no caso do Vietnã: a taxa caiu de 46% para 20%, com possibilidade de atingir 40% caso haja reexportação.

  • A China também está avançando em negociações com os EUA, especialmente após os entendimentos em Londres sobre exportações estratégicas.

• Baixa liquidez do mercado

  • O feriado americano reduz o volume de negócios, e o câmbio tende a oscilar mais em razão do menor fluxo.

• Risco fiscal doméstico

  • No Brasil, investidores monitoram o impasse sobre o IOF, com o STF analisando o aumento do tributo, o que pode impactar o humor do mercado.

Perspectivas para o câmbio

• Porto Asset reduziu sua projeção de dólar para o fim de 2025, saindo de R$ 6,25 para R$ 5,25, graças à valorização recente da moeda brasileira. Para 2026, estimam R$ 5,80.

• O cenário permanece misto, com o dólar testando resistências técnicas e sendo sensível a anúncios institucionais e eventos externos.

O que monitorar daqui para frente

• Novas tarifas comerciais dos EUA, especialmente após 9 de julho.

• Liquidez reduzida, que deve durar até o feriado americano.

• Desfecho sobre o IOF no Brasil — alteração pode gerar impacto no câmbio.

Resumo para o investidor

Apesar do cenário de baixa no início da semana, o dólar voltou a subir, chegando a R$ 5,42. O momento é marcado por volatilidade ligada a feriado e indefinições fiscais. O avanço nas negociações de tarifas internacionais, porém, traz expectativas positivas para o real, representadas pela projeção de R$ 5,25 da Porto Asset.

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