Crocs enfrenta sua pior queda desde 2011: ações despencam quase 30% entre tarifas, consumo fraco e fim da moda "ugly shoe"

Crocs (CROX) despenca quase 30%, pior queda desde 2011, após prejuízo bilionário, tarifas adicionais e queda na popularidade da moda "ugly shoe". Entenda os motivos.

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8/8/20251 min ler

As ações da Crocs (CROX) sofreram queda massiva de 29,2% na última quinta-feira (07), marcando a pior desvalorização em um único dia desde 2011, seguindo operando estável nessa sexta-feira (08). A forte reação do mercado ocorreu após a empresa sinalizar resultados fracos e um cenário desfavorável à frente.

Os principais fatores por trás da queda

  • A Crocs reportou perda antes dos impostos de US$ 448,6 milhões no 2T25, revertendo o lucro de US$ 296,4 milhões obtido no mesmo período do ano anterior .

  • A receita teve leve alta de 3,4%, totalizando entre US$ 1,1 e 1,15 bilhões, mas o mercado reagiu negativamente à perspectiva para o 3T25, com expectativa de queda de 9% a 11% na receita, bem abaixo da projeção de estabilidade ou leve alta dos analistas.

  • Tarifas adicionais impostas pelos EUA, principalmente sobre produtos vindos da Índia, impactarão em cerca de US$ 40 milhões no segundo semestre e até US$ 90 milhões ao ano, pressionando as margens operacionais — com reflexo estimado de 170 pontos-base.

  • O CEO Andrew Rees destacou que o consumidor americano está cada vez mais cauteloso com gastos discricionários, o que reduziu significativamente o tráfego nas lojas e a receptividade a ajustes de preço.

  • Paralelamente, a marca enfrenta um declínio da popularidade da moda "ugly shoe", com o mercado acompanhando uma migração dos consumidores para calçados esportivos — tendência acentuada com a aproximação de grandes eventos esportivos.

A Crocs enfrenta um ambiente adverso com consumidores retraídos, pressões tarifárias e mudança de preferência no mercado. A combinação desses fatores explica o tombo abrupto nas ações e sugere que a empresa terá caminho difícil pela frente — exigindo ajustes estratégicos e prudência financeira.

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