Bolsas europeias fecham sem direção única com influência de tarifas de Trump e balanços

Bolsas europeias fecham mistas com balanços positivos e temor sobre tarifas de Trump. Investidores aguardam decisão do BCE e reações da União Europeia.

7/18/20252 min ler

As principais bolsas da Europa tiveram um sentido misto no fechamento desta sexta-feira, enquanto os investidores digeriam os impactos das tarifas anunciadas pelos EUA e acompanhavam os resultados trimestrais de grandes empresas, além da expectativa pelo próximo anúncio do BCE sobre juros.

Desempenho dos principais índices europeus

  • Stoxx 600: –0,005% (fechou aos 547 pontos)

  • DAX (Frankfurt): –0,33% (24.200 pontos)

  • CAC 40 (Paris): +0,08% (7.800 pontos)

  • FTSE 100 (Londres): +0,22% (8.900 pontos)

  • IBEX 35 (Madri): –0,04% (13.900 pontos)

Por que esse comportamento misto?

  • Tarifaço de Trump: o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 30% sobre exportações da UE a partir de agosto, caso produtos não sejam produzidos nos EUA — um risco claro para o comércio transatlântico.

  • Temor de colapso comercial: segundo o negociador europeu Maros Sefcovic, essa tarifa “praticamente impediria” o fluxo diário de €4,4 bi entre EUA e UE.

  • Temporada de balanços: empresas como a sueca Saab (‑+15,8%) e a luxuosa Blueberry (‑+4,9%) surpreenderam positivamente, trazendo volatilidade setorial aos mercados.

  • Aguardando o BCE: investidores já se preparam para a decisão de juros da próxima semana — uma movimentação que pode reacender as negociações.

Perspectivas

  • O mercado está em compasso de espera até a definição do pacote tarifário definitivo dos EUA e a postura do BCE.

  • Expectativa por uma possível retaliação da União Europeia, regulando setores específicos ou impondo contramedidas.

  • Volatilidade deve persistir, especialmente nos setores diretamente impactados por comércio internacional e aviação/defesa.

O fechamento misto desta semana revela a tensão entre o clima positivo gerado por resultados corporativos e os riscos macroeconômicos trazidos pelo “tarifaço” americano. Com a decisão do BCE e possíveis retaliações comerciais no radar, os próximos dias se dizem cruciais para o rumo dos mercados europeus.

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