BBAS3 despenca com crise no agronegócio e projeções de lucro em queda: oportunidade ou armadilha?
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) despencam com inadimplência no agronegócio e revisões negativas de lucro. Saiba se é hora de comprar ou fugir.
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7/18/20253 min ler


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) estão passando por uma forte correção nos últimos meses. No momento, a ação acumula queda de mais de 23% no trimestre, pressionada por resultados abaixo do esperado e deterioração do crédito rural.
Mas afinal, o que está por trás dessa queda tão acentuada? E será que o atual patamar representa uma oportunidade de compra para quem investe com foco em dividendos e longo prazo?
Queda expressiva: BBAS3 bate mínimas de quase 2 anos
Na última semana, BBAS3 chegou a ser negociada a R$ 20,17, o menor valor desde setembro de 2023. No fechamento mais recente, a ação foi cotada a R$ 21,21, após quatro pregões consecutivos de queda com volume acima da média — um possível sinal de capitulação.
Em 2025, o papel já acumula desvalorização expressiva, mesmo sendo uma das queridinhas dos investidores de renda passiva.
Principais causas da queda
Resultados fracos no 1T25
O banco registrou lucro líquido de R$ 7,4 bilhões, uma queda de 20,7% em relação ao ano anterior. O ROE (retorno sobre o patrimônio) caiu para 16,7%, refletindo o aumento da inadimplência, principalmente no crédito rural.
Inadimplência no agronegócio dispara
A inadimplência nas carteiras de crédito agrícola subiu para 3,04%, puxada por fatores como:
Queda nos preços das commodities;
Atrasos em pagamentos de pequenos e médios produtores;
Estresse financeiro em cooperativas e agroindústrias.
Esse cenário afetou fortemente o desempenho do banco, que é líder nesse segmento.
Revisões pessimistas para o 2T25
Analistas do Safra preveem uma queda de até 50% no lucro no 2º trimestre de 2025. Além disso, XP, BTG Pactual, Santander e Itaú BBA rebaixaram BBAS3 para “neutro”, com novos preços-alvo entre R$ 25 e R$ 32.
O mercado exagerou na correção?
Mesmo com a queda, o Banco do Brasil continua apresentando fundamentos sólidos:
Dividend yield projetado entre 7,9% e 10% ao ano, acima da média do setor;
Preço/Lucro (P/L) baixo, em torno de 4x;
Histórico de mais de 200 anos, com forte resiliência a crises.
Além disso, o banco está expandindo linhas de crédito rural e ampliando garantias para mitigar riscos, em resposta às críticas sobre sua exposição ao agro.
Análise técnica: onde pode parar a queda?
Suporte forte em R$ 21,00: se romper esse nível, BBAS3 pode buscar os R$ 19,80.
Resistência imediata em R$ 22,70: superação desse patamar pode sinalizar reação de curto prazo.
Volume em alta com candle de reversão? Alguns analistas acreditam que a capitulação pode abrir espaço para repique técnico.
Vale a pena comprar BBAS3 agora?
Depende do seu perfil de investidor:
Para quem busca renda passiva no longo prazo, o papel oferece excelente retorno em dividendos, mesmo em períodos turbulentos.
Para quem foca em valorização de curto prazo, o momento ainda é de cautela. A volatilidade deve continuar até a divulgação do balanço do 2T25.
Investidores mais arrojados podem considerar compras parciais, aproveitando o desconto com foco em reapreciação futura.
A queda de BBAS3 reflete a combinação de resultados fracos, risco agro e pressão institucional, mas também pode representar uma oportunidade para quem entende o ciclo de crédito e acredita na capacidade de recuperação do Banco do Brasil.
Investir agora exige estômago, visão estratégica e foco no longo prazo — mas os fundamentos seguem atrativos para quem busca renda com segurança.
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