Boletim Focus: Mercado reduz projeção da inflação para 5,18% em 2025 pela 6ª semana seguida

Mercado reduz projeção da inflação para 5,18% em 2025, segundo o Boletim Focus. Veja os impactos nas taxas de juros, dólar, PIB e oportunidades para investidores.

7/7/20252 min ler

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, mostra que o mercado financeiro revisou para baixo sua previsão de inflação neste ano. Agora, os analistas estimam um IPCA de 5,18%, contra 5,20% na semana anterior — marca que chega à sexta queda consecutiva nas projeções.

Projeções de inflação e suas implicações

  • IPCA 2025: 5,18% (abaixo dos 5,20%)

  • IPCA 2026: mantido em 4,50%

  • IPCA 2027: estável em 4,00%

  • IPCA 2028: recuo para 3,80% (antes era 3,83%)

Mesmo com a redução contínua, a estimativa ainda está acima do teto da meta de inflação (4,5%), vigente segundo o regime de meta do CMN.

PIB, Selic e Câmbio: sinais do mercado

  • PIB 2025: elevado de 2,21% para 2,23%, sinalizando otimismo moderado

  • Selic 2025: estável em 15% ao ano, com previsão de queda gradual após 2026 (12,5% em 2026; 10,5% em 2027; 10% em 2028)

  • Dólar (2025): projetado em R$ 5,70; para 2026, revisado de R$ 5,79 para R$ 5,75

O que isso significa para você, investidor

1. Menor pressão de preços, mas ainda fora da meta

As reduções mostram que a inflação está desacelerando, mas ainda acima do desejado, exigindo cautela do BC.

2. Selic deve permanecer alta

Com a inflação superior à meta, a Selic permanece em 15%, reforçando a atratividade de investimentos atrelados a juros, como CDBs, Tesouro e renda fixa em geral.

3. Expectativa de consolidação monetária

A estabilização da Selic em patamares elevados sugere que o mercado não espera cortes antes de 2026, o que indica bom cenário para títulos pós-fixados e híbridos.

4. PIB em leve melhora

O ajuste positivo para o PIB reforça a perspectiva de crescimento contido, mas sustentado por setores como agro, serviços e consumo interno.

Resumo para o investidor

O Boletim Focus indica um ambiente econômico onde:

  • A inflação desacelera, mas segue acima da meta desejada

  • A Selic permanece elevada, consolidando retorno na renda fixa

  • O crescimento econômico dá sinais de leve recuperação

Para investidores, isso reforça a atratividade de renda fixa pós-fixada e híbrida, além de fundos DI e produtos atrelados ao CDI. A expectativa realista de inflação alta também justifica diversificar com ativos de proteção, como Tesouro IPCA+.

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