Banco do Brasil (BBAS3) tem queda de 51% no lucro do 2T25 e dividendos ainda atraentes

Banco do Brasil deve registrar queda de 51% no lucro do 2T25, impactado por inadimplência e provisões. Veja as projeções, impacto nos dividendos e o que esperar das ações BBAS3.

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7/15/20252 min ler

O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar um lucro líquido de R$ 4,64 bilhões no 2º trimestre de 2025, queda de 51,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo estimativas do Banco Safra.

Por que o lucro despencou?

  • Apesar da inadimplência no agronegócio, os analistas do Safra apontam que o principal impacto virá da carteira de crédito corporativo, em especial das pequenas e médias empresas.

  • A inadimplência acima de 90 dias deve subir para 4,45% (+1,45 p.p.), pressionando as provisões, que cresceriam cerca de 79,7%, chegando a R$ 14 bilhões

Indicadores de risco

  • O ROE caiu de 21,6% para 10,3%, abaixo do custo de capital (aproximadamente 14,9%).

  • A XP e o Safra adotaram visão neutra, revisando o lucro projetado de R$ 6,4 bilhões para cerca de R$ 5,4 bilhões no trimestre e para R$ 26 bilhões em 2025 (queda de 8%).

E os dividendos?

  • O banco manteve o payout de 40% do lucro estimado para 2025 (turn0search3), embora a XP aponte redução para 35–36% para preservar capital devido ao cenário mais desafiador.

  • A previsão inicial de pagamento de proventos gira em torno de 7 a 10% de dividend yield anual, devendo ser uma das maiores entre os bancos.

O que isso significa para os investidores?

  • Lucros drenados pela deterioração da carteira de crédito, o que reduz a atratividade das ações no curto prazo.

  • Dividendos ainda robustos, mas com possível revisão de percentual pago — principal risco no médio prazo.

  • Desconto no valuation: o BBAS3 negocia a múltiplos baixos, perto de 0,6–0,7 vezes o valor patrimonial, apontando potencial de valorização caso estabilizem os resultados.

O 2T25 será desafiador para o Banco do Brasil, com lucro pressionado e deterioração da qualidade de crédito. Ainda assim, os dividendos podem manter o interesse de investidores conservadores, desde que a administração preserve o payout. Estratégia recomendada: acompanhar de perto o desempenho da inadimplência, provisões e comunicados sobre a política de proventos.

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