BBAS3 Atualização: Desafios no Crédito Rural e Reações do Mercado
BBAS3 enfrenta pressão com crédito rural, queda no lucro e redução de projeções. Veja a análise atualizada, riscos, recomendações e se ainda vale a pena investir em 2025.
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7/1/20252 min ler


A ação BBAS3, do Banco do Brasil, tem passado por um período de forte volatilidade. Nos primeiros seis meses de 2025, diversos relatórios destacaram riscos significativos na carteira de crédito rural, o que afetou recomendações, projeções de lucros e preço-alvo. A seguir, veja a análise atualizada da ação.
Desempenho da ação e preço-alvo dos analistas
Cotação atual: cerca de R$ 22,17, no início da tarde desta terça-feira(01).
Preço-alvo consenso: médio em R$ 29,55 para os próximos 12 meses — +33% de potencial.
Faixa entre R$ 23 (Goldman, Citi) e R$ 32–34 (Genial, XP, Bank of America).
Analistas estão divididos entre visões neutras e positivas, com professores que mantêm recomendação modesta, considerando o desconto atual do papel frente ao patrimônio.
Principais fatores que pressionam BBAS3
Crédito rural com inadimplência alta
A inadimplência no agronegócio subiu de 1,19% para aproximadamente 3% no 1T25 — pressionando resultados.
Nova norma contábil (Resolução CMN 4.966)
Obriga provisões antecipadas, elevando os custos de crédito e reduzindo o lucro líquido.
Provisões insuficientes
O BB provisionou menos de 100% dos novos NPLs rurais, indicando maior exposição e risco.
Guidance em revisão
O banco suspendeu projeções de margem financeira e lucratividade, com redução estimada de 20–30% para 2025–26.
Visão dos analistas
Genial Analisa (Manter): preço-alvo em R$ 31,40, +42% do nível atual.
Citi (Neutro): reduzido de R$ 27 para R$ 23, potencial de valor aproximadamente 6–8%, foco em risco rural.
Goldman Sachs (Neutro): preço-alvo em R$ 23, com estimativa de lucro ajustado de R$ 25,6 bi e ROE em aproximadamente 13,6%.
Itaú BBA (Neutro): reduz o lucro de 2025 para R$ 24,7 bi e projeta payout de aproximadamente 30%, preço-alvo em R$ 25.
Santander/Banco BBI/Ágora/XP: rebaixaram recomendações de compra para neutra/manter; preço-alvo reavaliado para R$ 26–28.
Indicadores-chave de desempenho
Lucro líquido 1T25: R$ 7,374 bi — queda de 20,7%.
ROE trimestral: ~16,7% — retração de ~5 pontos percentuais.
Proventos pagos: R$ 0,42 por ação em junho/25.
Principais riscos e oportunidades
Riscos a considerar:
Continuação da inadimplência rural eleva os custos com provisões.
Receitas de juros comprometidas por resolução contábil.
Guidance indefinido e incerteza sobre dividendos (payout caindo para aproximadamente 30%).
Oportunidades:
Possível recuperação da safra no 2S25 pode estabilizar os resultados.
Ações estão negociadas com grande desconto (P/L aproximadamente 5x e P/VP aproximadamente 0,7x), abrindo espaço para valorização.
Boas práticas de cobrança e provisões podem reverter parte da instabilidade.
Fique atento!
A BBAS3 está em um momento de transição. Apesar de valuations atrativos e bom histórico de dividendos, o cenário de crédito rural exige cautela. Estratégia recomendada:
Para investidores de perfil cauteloso: manter posição ou entrar de forma gradual, acompanhando o 2T25.
Para quem vê valor na queda atual: a compra em níveis entre R$ 22 e R$ 23 pode oferecer bom potencial, desde que a recuperação se confirme.
Acompanhe trimestralmente: inadimplência, guidance, provisões e safra serão os indicadores-chave.
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