Ações da Apple disparam com expectativa de nova fábrica nos EUA

As ações da Apple (AAPL) registraram alta de aproximadamente 1,25% no pré-market nesta quarta-feira (6 de agosto de 2025), após declarações da Casa Branca sobre um possível novo compromisso de investimento de US$ 100 bilhões em manufatura nos EUA, incluindo fábrica de servidores para inteligência artificial (AI).

Em mercados europeus, as ações da Apple também avançaram cerca de 1,46%, impulsionadas por projeções de receita robusta para o trimestre atual, que superam as estimativas do mercado.

O que está por trás da movimentação?

Um alto funcionário da Casa Branca revelou que a Apple deve anunciar oficialmente um investimento adicional de US$ 100 bilhões para trazer mais produção aos EUA, alinhando-se às exigências do governo por maior autonomia industrial.

Apesar da alta, o CEO Tim Cook alertou que tarifas comerciais impostas pelos EUA deverão gerar custo adicional de US$ 1,1 bilhão no trimestre atual, o que não intimidou os investidores, que seguem otimistas com os resultados da empresa.

Por que isso importa para investidores?

A possibilidade de ampliar a produção doméstica coloca a Apple em cenário favorável a incentivos governamentais e eventuais isenções tarifárias futuras.

O foco em inteligência artificial e infraestrutura tecnológica justifica o aumento do preço da ação, com analistas destacando a forte geração de caixa da empresa.

A Apple já havia anunciado em fevereiro planos de investir US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, incluindo fábrica de servidores na Texas e contratação de 20 mil funcionários em áreas como AI e engenharia.

Riscos em perspectiva

A viabilidade de produção de iPhones nos EUA ainda é considerada um cenário de longo prazo, com o Bank of America apontando que a mudança de manufatura aumentaria os custos em cerca de 25%, embora possa ser mitigada por automação.

O setor segue atento à regulação antitruste e às pressões sobre margens, especialmente em cadeias produtivas globais complexas.

O mercado reagiu positivamente às perspectivas da Apple de aumentar sua presença produtiva nos EUA, impulsionando as ações mesmo diante das dificuldades tarifárias. A combinação de bom desempenho operacional, comprometimento com AI e possível apoio político reforça a confiança dos investidores no longo prazo da companhia.

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