XP (XPBR31) cai forte mesmo com lucro recorde no 2º trimestre

A XP Inc. (XPBR31) divulgou um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no 2T25, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2024, superando a projeção da LSEG, que era de R$ 1,26 bilhão.

Mesmo assim, a captação líquida caiu drasticamente para R$ 10 bilhões, frente aos R$ 32 bilhões do mesmo trimestre de 2024 e R$ 24 bilhões do 1T25. Esse recuo chamou atenção dos analistas e pressionou os papéis, apesar da forte rentabilidade.

Reação do mercado: queda expressiva

Em meados da tarde de hoje (19), os BDRs da XP caíram 6,6%, cotados a cerca de R$ 88,74.

Nos Estados Unidos, os papéis da XP negociados na Nasdaq recuaram 7,03%, cotados a US$ 16,27, enquanto os BDRs no Brasil caíram 5,67%, a R$ 89,62

Motivos da queda da XP (XPBR31) após o 2T25

Captação em queda:
A entrada de recursos despencou para R$ 10 bilhões, frente a R$ 32 bilhões no 2T24 e R$ 24 bilhões no 1T25, levantando dúvidas sobre a capacidade de crescimento sustentável.

Receita abaixo do esperado:
A receita líquida somou R$ 4,46 bilhões, alta de 6%, mas ficou aquém das estimativas de analistas como o Itaú BBA.

Lucro não sustenta confiança:
Apesar do lucro líquido recorde de R$ 1,32 bilhão (+18% a.a.), o mercado interpretou o desempenho como desequilibrado, com avanços em algumas frentes e retração em outras.

O que dizem os analistas?

O Itaú BBA considerou o lucro da XP “ligeiramente acima das estimativas”, mas destacou que a receita bruta ficou aquém do esperado. Manteve recomendação neutra, com preço-alvo de US$ 21,00 .

Oportunidade ou sinal de alerta?

A queda pode representar uma oportunidade de compra, dependendo do seu perfil de risco e dos fundamentos da empresa. Se você acredita na retomada da captação ou em melhoria na receita, pode ser um ponto de entrada. Por outro lado, se o receio for de falha na sustentação de crescimento, talvez seja prudente aguardar sinais mais claros de recuperação.

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