WEGE3 despenca após balanço: entenda por que as ações da WEG caem mesmo com lucro recorde
WEGE3 cai mais de 8% após divulgar lucro recorde no 2T25. Entenda por que os resultados da WEG decepcionaram o mercado e veja se vale a pena investir agora.
7/23/20252 min ler


Mesmo após divulgar lucro recorde no segundo trimestre de 2025, a WEG (WEGE3) viu suas ações despencarem mais de 8% no pregão do dia 22/07. O resultado, apesar de sólido, veio abaixo das expectativas do mercado, e isso foi suficiente para acionar uma forte realização de lucros.
Balanço WEG 2T25: o que veio no resultado?
Lucro líquido: R$ 1,59 bilhão (+10,4% em relação ao 2T24)
Receita líquida: R$ 10,2 bilhões (+10,1%)
EBITDA: R$ 2,26 bilhões (+6,5%)
Margem EBITDA: 22,1% (queda de 0,8 p.p. em 12 meses)
Apesar do crescimento, os analistas esperavam números mais robustos, especialmente após a valorização expressiva das ações nos últimos meses.
Por que a ação caiu mesmo com lucro maior?
Receita abaixo do esperado: a expectativa era de uma receita acima de R$ 10,9 bilhões.
Margem apertada: a margem EBITDA caiu, sinalizando maior pressão de custos.
Desaceleração no Brasil: segmentos como motores elétricos e geração de energia (GTD) no mercado doméstico apresentaram crescimento mais lento.
Riscos externos: há receios sobre tarifas dos EUA, que podem afetar exportações da companhia.
Com a ação sendo negociada em torno de R$ 38, o menor valor em mais de um ano, o mercado parece ter reprecificado a expectativa de crescimento da empresa no curto prazo.
O que dizem os analistas?
XP Investimentos: destacou que a desaceleração nas receitas frustrou, mesmo com melhora nas margens.
BTG Pactual e Itaú BBA: apontaram crescimento tímido em segmentos industriais no Brasil.
JPMorgan: viu a queda como oportunidade e manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 65.
Vale a pena investir em WEGE3 agora?
A WEG continua sendo uma das empresas mais admiradas da Bolsa, com uma gestão eficiente e grande presença global. No entanto, o momento exige cautela. A queda recente pode representar uma oportunidade de entrada para quem pensa no longo prazo, mas é importante considerar:
Volatilidade no curto prazo;
Impactos das tarifas nos EUA;
Risco de novos resultados abaixo do consenso.
A queda de 8% na WEG após o balanço do 2T25 reflete mais uma vez as preocupações com crescimento e margens, não com a qualidade operacional em si. Investidores de longo prazo com apetite por oportunidades podem considerar a atual cotação como um ponto de entrada, desde que preparados para a volatilidade e atentos às próximas teleconferências e leitura dos projetos em curso.
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