BTG: já é hora de pensar em "contenção de danos" para WEG e Embraer com tarifa americana
BTG Pactual alerta que é hora de pensar em contenção de danos para WEG e Embraer com avanço das tarifas dos EUA. Impacto bilionário ameaça guidance e margens em 2025.
AÇÕESMERCADOS INTERNACIONAISONDE INVESTIR
7/28/20252 min ler


Com a possibilidade de entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA a partir de 1º de agosto, os analistas do BTG Pactual alertam para a necessidade de ajustes em estratégias das exportadoras brasileiras mais expostas — especialmente WEG (WEGE3) e Embraer (EMBR3).
Segundo o BTG, é hora de pensar em “contenção de danos”, dado o risco potencial às operações dessas empresas diante de cenário político incerto e juros altos que pressionam o ambiente econômico interno.
Embraer: maior vulnerabilidade e perda de competitividade
A Embraer incorpora cerca de 60% das vendas nos EUA, segmento mais afetado pela tarifa adicional. A Embraer US — legalmente responsável pelas importações — terá de arcar com os custos.
O impacto tende a ser maior na aviação executiva (jatos Praetor), com possível perda de competitividade frente a Gulfstream, Cessna ou Bombardier.
A empresa estima que o custo total das tarifas poderia chegar a US$ 400 milhões por ano, o que pode invalidar o guidance para 2025
WEG: exportações e ajustes estratégicos
Cerca de 20% a 25% das vendas da WEG são destinadas aos EUA, com exportações diretas de motores e transformadores recebendo impactos diretos.
O custo adicional anual das tarifas pode chegar a R$ 809 milhões, considerando a elevação de 10% para 50% nas alíquotas.
Como paliativo, a WEG estuda realocar parte da produção para México ou EUA (via ativos como a Marathon), mas isso demandará tempo e escalonamento.
Reação dos mercados e contexto macro
O Ibovespa recuou cerca de 1,15%, com WEG e Embraer entre as ações mais penalizadas na sessão, refletindo a crescente aversão ao risco entre investidores.
O cenário econômico brasileiro também se complica: crescimento limitado do PIB, inflação sob pressão e juros mantidos em alta podem impactar resultados corporativos no segundo semestre.
Importante notar que, atualmente, apenas cerca de 12% das exportações brasileiras têm os EUA como destino, representando apenas 1,7% do PIB — limitando o impacto global no país, mas com foco maior nas empresas exportadoras específicas.
O BTG Pactual recomenda cautela: diante das tarifas anunciadas pelos EUA, já é hora de pensar em estratégias de contenção de danos para empresas como WEG e Embraer. Ambas têm receita elevada nos EUA e são vulneráveis à nova carga tributária. Embora o impacto direto sobre a economia brasileira seja limitado, o impacto setorial pode ser significativo — exigindo atenção especial dos investidores nas próximas semanas.
Quer saber mais? Continue lendo conteúdos como:
INVESTIMENTOS EM FOCO
Seu portal confiável para o mercado financeiro.
FIQUE POR DENTRO
contato@investimentosemfoco.com.br
© 2025. Todos os direitos reservados.
Mais
Siga o Investimentos em Foco no X: