Ações de Vale, Gerdau, CSN e Usiminas disparam com alta do minério de ferro e surpreendem o mercado

Ações de Vale, Gerdau, CSN e Usiminas sobem forte com alta do minério de ferro, mesmo após recomendações negativas. Entenda o que impulsionou o setor.

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7/22/20253 min ler

As ações das gigantes do setor de mineração e siderurgia registraram forte valorização nesta segunda-feira (21), impulsionadas pela expressiva alta do minério de ferro nos mercados internacionais. Mesmo com revisões negativas por parte de analistas, como o Morgan Stanley, os papéis de Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) mostraram força e contrariaram o pessimismo recente.

Desempenho das ações no pregão

VALE3: +2,73%, cotada a R$ 56,05
GGBR4: +3,17%, a R$ 16,62
CSNA3: +2,17%, valendo R$ 7,99
USIM5: +2,30%, negociada a R$ 4,01

Minério de ferro atinge maior patamar em 5 meses

O grande catalisador do movimento de alta foi a valorização dos contratos futuros de minério:

Na Bolsa de Dalian (China), o contrato para setembro subiu 2,08%, atingindo 809 iuanes (aproximadamente US$ 112,74).
Em Cingapura, o minério avançou 2,81%, alcançando US$ 104,80 por tonelada — a maior cotação desde fevereiro.

Essa alta reflete expectativas positivas sobre o crescimento da demanda chinesa, especialmente após o anúncio de um megaprojeto de infraestrutura: a construção da maior hidrelétrica do mundo no Tibete. A obra demandará grande volume de aço, incentivando a produção siderúrgica e a exportação brasileira.

Análises em conflito: Morgan Stanley reduz recomendação

Apesar do bom momento operacional, o Morgan Stanley reduziu a recomendação para as ações da CSN e Usiminas, citando preocupações com margens e volatilidade de preços. No entanto, o mercado reagiu de forma oposta, focando na valorização imediata da commodity e na expectativa de retomada econômica na China.

Essa dicotomia mostra como, em certos momentos, o sentimento do investidor se sobrepõe à análise fundamentalista tradicional.

O que dizem os especialistas?

O Bradesco BBI destacou que os preços elevados do minério, aliados às medidas de estímulo do governo chinês, podem resultar em recuperação de margens para as companhias. Já o Itaú BBA manteve recomendação de outperform para VALE3, com preço-alvo de R$ 74 — o que representa potencial de valorização de mais de 30%.

O que o investidor deve observar agora?

Diante do atual cenário, o investidor precisa monitorar:

A continuidade da valorização do minério de ferro nos mercados asiáticos.
As declarações e planos econômicos do governo chinês, que têm forte impacto no setor.
Os próximos balanços trimestrais das empresas de mineração e siderurgia, que podem confirmar a recuperação operacional.

Além disso, o comportamento técnico das ações indica aumento no volume e tendência de curto prazo de alta, o que atrai traders e investidores de perfil mais especulativo.

China segue ditando o ritmo

O apetite chinês por minério segue sendo o principal driver de preço. O novo projeto da hidrelétrica no Tibete reforça a política de grandes obras de infraestrutura — um sinal claro de que a demanda por insumos industriais pode continuar firme no segundo semestre de 2025.

Vale ainda é destaque entre os analistas

Mesmo com a concorrência acirrada no setor, VALE3 segue como o papel mais recomendado entre as mineradoras brasileiras. A combinação de custo competitivo, forte geração de caixa e exposição ao dólar torna a ação atrativa para o médio e longo prazo.

O rali das ações de Vale, Gerdau, CSN e Usiminas mostra que o setor de mineração e siderurgia ainda tem espaço para surpresas positivas. A alta do minério de ferro, combinada com novas obras de infraestrutura na China e maior apetite por commodities, pode abrir oportunidades para quem deseja diversificar a carteira com ações cíclicas.

Se você busca exposição ao setor, agora pode ser um bom momento para acompanhar mais de perto esses papéis, considerando os riscos e oportunidades envolvidas.

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