Trump anuncia tarifa-base de 15% a 20% e negocia com China em nova rodada estratégica

Trump anuncia tarifa-base de 15% a 20% para países sem acordos comerciais e negocia com a China em nova rodada. Entenda os impactos para o Brasil e a economia global.

MERCADOS INTERNACIONAIS

7/28/20252 min ler

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em 28 de julho, durante encontro com o premiê britânico Keir Starmer, que os EUA estão em negociação com a China e planejam implementar uma tarifa-base global entre 15% e 20% para países que não fechem acordos comerciais específicos com Washington.

O ponto central do anúncio

A intenção é criar um padrão tarifário para o resto do mundo, oferecendo alternativas de acordos casados, como os estabelecidos com o Japão e a União Europeia recentemente.

Trump afirmou que os EUA querem negociar com “todos, mas precisa ser bom para todo mundo”, sinalizando um modelo mais unilateral caso acordos não sejam fechados em prazo determinado.

Implicações para a China e a Ásia

Durante o evento, Trump também expressou interesse em que a China abra seu mercado aos produtos americanos, reafirmando a busca por maior liberalização comercial com o país asiático.

Representantes dos EUA e da China se reuniram para negociar o que chamou de “pausa tarifária”, atualmente vigente até 12 de agosto, com possibilidade de extensão por 90 dias antes do aumento de tarifas para 30%.

Contexto global e negociações com blocos

Os EUA já fecharam acordos com países como Reino Unido, Japão, Vietnã, Indonésia e Filipinas, estabelecendo tariffas preferenciais de 15%.

Com a União Europeia, o acordo prevê tarifa de 15% em todos os setores, substituindo uma proposta original de até 30%, além de compromissos de US$ 750 bilhões em compras energéticas e US$ 600 bilhões em investimentos nos EUA.

Repercussão e críticas na Europa

Na Europa, houve críticas imediatas ao acordo: o premiê francês François Bayrou chamou o momento de “dia sombrio”, e líderes alemães argumentaram que a taxa de 15% ainda é muito alta para setores sensíveis como automóveis, saúde e alimentação. A primeira‑ministra italiana, Giorgia Meloni, classificou o acordo como sustentável, mas pediu proteções para setores vulneráveis.

Impacto para o Brasil

Embora o anúncio não mencionasse especificamente o Brasil, o país está em risco iminente: já enfrenta uma tarifa americana de 50% sobre produtos nacionais, prevista para entrar em vigor em 1° de agosto.

A introdução de uma tarifa-base global de 15–20% coloca o Brasil em possível descompasso, caso não haja acordo bilateral.

O anúncio de uma tarifa-base global de 15% a 20% por Trump reafirma a postura protecionista dos EUA no comércio mundial. Negociações com parceiros, como a China e a União Europeia, ainda buscam estruturas diferenciadas, mas países sem acordo podem ser penalizados por alíquotas substanciais.

Para exportadores brasileiros e investidores, o cenário demanda atenção redobrada: o risco político e comercial pode afetar desde as cadeias produtivas até os mercados e o câmbio.

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