Santander revisa inflação de 2025 para abaixo de 5% e enxerga corte da Selic “em aberto”

Santander revisa inflação de 2025 para 4,9% e mantém previsão de Selic em 13% até 2026, com corte em aberto dependendo do cenário fiscal e inflacionário.

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8/19/20252 min ler

O Santander revisou sua projeção de inflação para 2025, agora estimando 4,9%, abaixo dos 5,1% previstos anteriormente.

Segundo Ana Paula Vescovi, diretora de macroeconomia do banco, a desvalorização da taxa de câmbio e a desaceleração dos preços das commodities, em reais, contribuíram para essa revisão positiva dos cenários inflacionários.

Ainda assim, o Santander alerta que novas surpresas inflacionárias, quedas mais expressivas dos preços das commodities ou recuperação abrupta da atividade econômica seriam necessárias para revisões baixistas adicionais — e nenhuma dessas condições integra o cenário base atual.

Para 2026, a estimativa permanece em 4,5%, alinhada ao intervalo de tolerância da meta estabelecida pelo Banco Central.

Perspectiva para a Selic

O Santander mantém a projeção de crescimento do PIB em 2% para 2025 e 1,5% para 2026, refletindo um ritmo moderado da economia.

Sobre a taxa Selic, o banco aposta que o primeiro corte deverá ocorrer em 2026, com potencial redução de até 2 pontos percentuais, levando a Selic para 13% ao final do próximo ano. Embora janeiro seja a data mais provável para essa redução, março também é considerado um período estratégico para reforçar expectativas de continuidade na política monetária.

Entre os desafios ainda presentes, estão expectativas inflacionárias persistentes acima da meta, o mercado de trabalho ainda aquecido e incertezas fiscais e eleitorais, que podem atrasar qualquer flexibilização monetária.

Resumo em tópicos

  • Inflação 2025: revisada para 4,9% (antes: 5,1%)

  • Inflação 2026: mantida em 4,5%

  • PIB: crescimento estimado em 2% para 2025 e 1,5% para 2026

  • Selic: corte possível em 2026, levando a taxa a 13% ao fim do ano

  • Riscos: persistência da inflação, mercado de trabalho firme, incertezas fiscais e políticas

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