Queda do Ibovespa e alta do dólar refletem tensão política envolvendo o STF e o ex-presidente Bolsonaro

Ibovespa cai e dólar sobe com tensão política após ação da PF contra Bolsonaro. Medidas do STF e pressão externa elevam o risco para investidores.

7/18/20252 min ler

Contexto do dia (18 de julho de 2025)

O Ibovespa abriu a sexta-feira (18) em queda de aproximadamente 1,3%, oscilando entre 133 e 134 mil pontos, pressionado por ações como Petrobras e bancos, em meio a intensificação das tensões políticas e operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O dólar comercial avançou cerca de +0,4%, sendo cotado por volta de R$ 5,57, refletindo o aumento do risco doméstico.

O que motivou esse movimento?

Operação da Polícia Federal e medidas cautelares

Na manhã de sexta, a PF executou mandados de busca e apreensão e medidas cautelares (uso de tornozeleira eletrônica, restrições de acessos a redes e embaixadas) contra Jair Bolsonaro, por ordem do STF, elevando a percepção de risco político.

Política externa de tensão

Em paralelo, tensões entre EUA e Brasil aumentaram com críticas públicas — Trump vinculou tarifas à situação de Bolsonaro, e Lula respondeu chamando as medidas de "chantagem inaceitável".

Impacto nos mercados

O Ibovespa recuou cerca de 1,3% no dia, acumulando queda de 1,78% na semana e 3,66% no mês. Enquanto isso o o dólar subiu cerca de 0,4%, sendo cotado entre R$ 5,56 e R$ 5,57, desligando parte da pressão inflacionária.

Analistas apontam que a combinação de risco político interno e ameaça de tarifas externas levou investidores a se tornarem mais avessos a risco. A possibilidade de Trump intensificar as sanções em apoio a Bolsonaro reforçou esse clima.

O que observar daqui para frente

  • Evolução das ações judiciais e medidas contra Bolsonaro: novas fases na investigação podem ampliar a volatilidade.

  • Reação dos EUA sobre tarifas: se Trump optar por aplicar ou elevar tarifas, pode aumentar o dólar e derrubar o Ibovespa.

  • Decisões do Fed e indicadores dos EUA: ainda que Wall Street tenha registros de alta, como bem explicado em relatórios, a atuação doméstica segue sendo o fator mais sensível no curto prazo.

A eficiência da comunicação política e diplomática, bem como a percepção de estabilidade jurídica, passaram a ser variáveis determinantes para o mercado.

O recuo do Ibovespa e a valorização do dólar indicam que os investidores estão ajustando suas carteiras, buscando proteção diante do aumento do risco político e do ruído externo.

Para investidores, a lição é clara: acompanhar de perto o jogo político interno e externo é essencial para proteger posição em renda variável. E para o governo, resta o desafio de equilibrar a resposta institucional ao ex-presidente sem comprometer a confiança do mercado.

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