Petrobras: Santander Prevê Desafios Financeiros até 2026 e Reduz Recomendação para Neutra
Santander rebaixa recomendação da Petrobras (PETR3/PETR4) para neutra, com preço-alvo de R$ 38 até 2026. Veja os desafios financeiros e dicas para investir!
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6/9/20253 min ler


Analistas do Santander anunciaram uma revisão significativa em sua análise sobre as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), reduzindo a recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado) para “neutra”. A decisão reflete uma projeção de dificuldades financeiras para a estatal brasileira nos anos de 2025 e 2026, com potencial agravamento caso os preços do petróleo sofram quedas nos próximos trimestres. Analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz estabeleceram um preço-alvo de R$ 38 para as ações ordinárias (ON) e US$ 13 para os ADRs (recibos negociados nos EUA) até o final de 2026, conforme relatório divulgado no domingo.
Contexto e Motivação da Mudança
O rebaixamento da recomendação decorre de preocupações com a saúde financeira da Petrobras, especialmente diante de uma estimativa de preços do Brent em torno de US$ 65 por barril para 2025 e 2026. Com base nesse cenário, o Santander projeta um dividend yield médio de aproximadamente 10% no período, considerado pouco atrativo. A análise destaca que a empresa não deve recorrer a alavancagem para pagar dividendos extraordinários, limitando os retornos aos ordinários.
Os analistas apontam que a combinação de projetos recém-inaugurados nos últimos trimestres e a discrepância entre a política de dividendos e a geração de caixa real resultou em uma alavancagem acima da média de seus concorrentes globais. Apesar de reconhecer esforços internos para melhorar o fluxo de caixa — como ganhos de eficiência e racionalização de capex (investimentos em capital) e opex (custos operacionais) —, o banco acredita que mudanças significativas serão lentas. Mais detalhes sobre essas iniciativas devem ser revelados no Plano de Negócios 2026-2030, esperado para o quarto trimestre de 2025.
Perspectiva de Curto e Médio Prazo
O Santander adota uma postura cautelosa, preferindo “permanecer de lado” até que haja maior clareza sobre o futuro da empresa. A análise sugere que catalisadores como o desenvolvimento da Margem Equatorial e eventos eleitorais podem influenciar as ações apenas em 2026. Até lá, o banco espera mais informações sobre o programa de austeridade e a direção estratégica da Petrobras para ajustar sua visão.
Implicações para os Investidores
A redução para “neutra” indica que o Santander vê as ações da Petrobras como negociadas em um patamar justo, sem grande potencial de alta ou baixa significativa no curto prazo. Isso contrasta com a visão anterior de “outperform”, que refletia otimismo com os resultados da empresa. Investidores agora enfrentam um cenário de incerteza, onde a volatilidade dos preços do petróleo e as decisões internas da estatal serão decisivas.
Considerações Adicionais
Embora a Petrobras tenha mostrado resiliência no passado, o relatório do Santander levanta questões sobre a sustentabilidade de sua política de dividendos em um contexto de custos elevados e menor geração de caixa. A dependência de fatores externos, como o preço do Brent, e internos, como a execução do plano de negócios, sugere que o desempenho da companhia pode variar significativamente nos próximos anos.
Dicas para Investidores
Acompanhe os preços do petróleo: Uma queda abaixo de US$ 65 por barril pode pressionar ainda mais os resultados.
Monitore o Plano 2026-2030: Detalhes no 4º trimestre de 2025 podem trazer novas oportunidades ou riscos.
Diversifique: Considere equilibrar a exposição à Petrobras com outros setores menos sensíveis a commodities.
A reavaliação do Santander reflete um cenário desafiador para a Petrobras até 2026, com alavancagem elevada e dividendos limitados impactando a atratividade das ações. Com a recomendação em “neutra” e preço-alvo de R$ 38, a estatal segue em um momento de ajuste.
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