Magnitsky: bancos perdem quase R$ 19 bilhões em valor de mercado após decisão de Flávio Dino
Bancos brasileiros perderam R$ 18,7 bilhões em valor de mercado após decisão de Flávio Dino sobre a Lei Magnitsky; BTG foi o mais afetado e Santander teve alta.
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8/24/20252 min ler


Na última semana, os cinco maiores bancos listados na B3 enfrentaram volatilidade intensa após a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que gerou dúvidas sobre a aplicabilidade da Lei Magnitsky no Brasil. O setor bancário chegou a acumular perdas de R$ 46,3 bilhões, mas parte das perdas foi revertida — encerrando o período com queda líquida de R$ 18,7 bilhões em valor de mercado, na comparação com a segunda-feira (18), antes da decisão.
Essa oscilação ocorreu em meio a receios sobre uma possível situação regulatória conflituosa: os bancos teriam que optar entre seguir ordens judiciais nacionais ou obedecer a sanções internacionais — um cenário delicado que contaminou o humor do mercado.
No entanto, uma trégua veio com declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que acalmaram os mercados globais. A recuperação impulsionou o setor bancário, reduzindo significativamente as perdas. Assim, o valor de mercado do setor financeiro brasileiro fechou a semana em R$ 976,9 bilhões.
Os impactos individuais por banco ficaram assim:
Itaú Unibanco (ITUB4): recuou cerca de R$ 4,1 bilhões (–1,1%)
Bradesco (BBDC4): perda de R$ 0,4 bilhões (–0,3%)
Banco do Brasil (BBAS3): queda de R$ 3,3 bilhões (–2,7%)
BTG Pactual (BPAC11): sofreu o maior baque, com queda de R$ 11,7 bilhões (–5,1%)
Santander Brasil (SANB11): único com valorização, subiu R$ 0,7 bilhões (+0,7%)
Vale ressaltar que o Banco do Brasil ficou sob maior pressão, não só pelo impacto regulatório, mas também por sua condição parcial de estatal, o que o expõe a riscos políticos e reputacionais — considerando ainda seu papel estratégico no pagamento da folha dos servidores públicos e ministros.
O investidor deve ficar atento
A decisão do STF reacendeu temores de conflito entre legislações nacionais e sanções externas, pressionando fortemente o setor bancário. Uma leve recuperação foi registrada após declarações tranquilizadoras do Fed. Entre os bancos, o BTG Pactual liderou as perdas, enquanto o Santander se destacou em resiliência. Já o Banco do Brasil, pela sua estrutura institucional, segue em foco em termos de vulnerabilidade e risco reputacional.
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