LCI e LCA: Entenda a Possível Tributação de 5% e Seus Impactos em 2025

LCI e LCA podem ter tributação de 5% em 2026. Saiba o que muda para investidores, agro e moradia com o fim da isenção de IR. Veja os detalhes agora!

6/11/20253 min ler

Recentemente, o governo brasileiro sinalizou uma mudança significativa no cenário de investimentos: a possível tributação de 5% sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que hoje são isentas de Imposto de Renda (IR). Essa proposta, discutida pelo Ministério da Fazenda e aguardando aprovação no Congresso, visa compensar o recuo no aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Este artigo explora o que são LCI e LCA, os impactos dessa tributação para investidores e setores como agropecuária e construção civil, e o que esperar em 2025 e além.

O que são LCI e LCA?

LCI e LCA são títulos de renda fixa emitidos por bancos para captar recursos destinados a financiar projetos específicos:

  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário): Recursos são direcionados a iniciativas imobiliárias, como compra, construção ou reforma de imóveis.

  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): Foca em atividades agrícolas, como aquisição de insumos, máquinas ou tecnologias para o agronegócio. Esses títulos podem oferecer rendimentos pré-fixados (ex.: 10% ao ano), pós-fixados (atrelados ao CDI ou IPCA) ou híbridos, com a vantagem atual de isenção de IR, o que os torna atrativos. Até 2024, tinham carência de 90 dias para liquidez, mas uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) estendeu isso para nove meses, exigindo planejamento do investidor.

A Proposta de Tributação de 5%

O governo, liderado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, propôs taxar LCI e LCA em 5% como parte de um acordo com o Congresso para reverter o aumento do IOF. Detalhes-chave:

  • Início: A medida, se aprovada via Medida Provisória (MP), só entraria em vigor em 2026, afetando novas aplicações.

  • Impacto imediato: Não cobre títulos emitidos antes da lei, mas cria incerteza sobre resgates de ativos ainda não vencidos (ex.: uma LCI com vencimento em 2027).

  • Aprovação: Depende do Congresso, o que pode atrasar ou alterar a proposta.

Essa tributação pode se estender a outros ativos isentos, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), dependendo das negociações.

Impactos para Investidores e Setores

A nova taxação trará mudanças significativas:

  • Para Investidores: A isenção de IR era um diferencial competitivo frente a CDBs (que têm IR de 15-22,5%). Com 5% de IR, a rentabilidade líquida de uma LCI ou LCA pós-fixada atrelada ao CDI (atualmente em 14,5% ao ano) cairia de 14,5% para cerca de 13,8% (sem considerar taxas). Isso pode desviar recursos para alternativas como Tesouro Selic (14,75% ao ano).

  • Para o Agronegócio e Imobiliário: Menor demanda por LCI e LCA pode reduzir o crédito disponível, aumentando os custos de financiamento. Analistas alertam para impactos em preços de alimentos e moradias.

  • Economia Geral: A medida pode desacelerar o crescimento desses setores, afetando empregos e a expansão econômica, especialmente com a Selic em 14,75% já pressionando o crédito.

O que Esperar em 2025 e Além?

  • Curto Prazo (2025): Como a tributação só vale em 2026, 2025 será um período de transição. Investidores podem buscar antecipar aportes em LCI e LCA antes da mudança.

  • Longo Prazo (2026 em diante): Se aprovada, a medida pode redefinir a atratividade da renda fixa, incentivando debates sobre novas isenções ou ajustes fiscais.

  • Riscos: Uma corrida para resgatar títulos antes de 2026 ou judicializações por parte de investidores podem complicar a implementação.

Conclusão

A possível tributação de 5% em LCI e LCA marca uma mudança no cenário de investimentos, com impactos para investidores e setores como agro e construção. Embora a medida só entre em vigor em 2026, o mercado já sente os efeitos da incerteza.

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