Ibovespa registra primeira alta de junho impulsionado por Vale e Petrobras. Veja quais são as expectativas para os próximos dias.
O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em alta nesta terça-feira (3), marcando seu primeiro avanço neste mês de junho. O movimento foi impulsionado principalmente pelas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), que reagiram positivamente a fatores externos e internos.
6/4/20252 min ler


O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (03) com uma alta de 0,26%, aos 122.036 pontos. Apesar da valorização modesta, o resultado é significativo, pois interrompe uma sequência de quedas e traz um tom mais positivo ao início de junho.
A movimentação também demonstra um maior apetite dos investidores por ativos brasileiros, mesmo com incertezas no cenário político e fiscal nacional.
Petrobras se beneficia da valorização do petróleo
As ações da Petrobras subiram nesta terça após o petróleo Brent registrar alta no mercado internacional. O barril do Brent, referência global, fechou o dia cotado a US$ 77,52, com valorização de 1,92%.
A melhora no preço da commodity tem efeito direto sobre os papéis da estatal, que representam uma fatia relevante do Ibovespa. A alta do petróleo ocorre após declarações da Opep+ sobre os próximos cortes na produção, o que elevou as expectativas do mercado quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda.
Vale avança com preços do minério de ferro
Outro destaque do dia foi a Vale, cujas ações fecharam em alta, impulsionadas pela recuperação nos preços do minério de ferro na China. As cotações da commodity subiram após dados positivos do setor de construção chinês, além da expectativa de novos estímulos por parte do governo do país asiático.
O minério é o principal produto de exportação da Vale, e qualquer movimento nos preços impacta diretamente suas ações. Com a melhora dos indicadores externos, os investidores voltaram a apostar nos papéis da mineradora.
Dólar fecha em queda e ajuda o humor do mercado
O dólar comercial também contribuiu para o bom desempenho da Bolsa, fechando em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,29. A desvalorização da moeda norte-americana em relação ao real reforça a atratividade de ativos locais para investidores estrangeiros.
Um dólar mais fraco também alivia pressões inflacionárias e pode ajudar o Banco Central a manter uma postura mais branda na política monetária.
Juros futuros e cenário interno mantêm cautela
Apesar da leve recuperação do Ibovespa, o mercado ainda opera com certa cautela. Os juros futuros seguem pressionados, refletindo a preocupação dos investidores com o ambiente fiscal no Brasil e o impasse em torno de medidas do governo que afetam o equilíbrio das contas públicas.
A curva de juros precifica um cenário de menor corte na taxa Selic, o que impacta diretamente setores mais sensíveis ao crédito e ao consumo.
Expectativas para os próximos dias
Analistas seguem monitorando o cenário externo, especialmente dados de emprego e inflação nos Estados Unidos, que podem influenciar a política monetária do Fed (banco central americano). Qualquer sinal de que os juros americanos permanecerão altos por mais tempo pode afetar o apetite por risco nos mercados emergentes.
No cenário doméstico, o foco continua sendo a agenda fiscal e as movimentações no Congresso Nacional.
O Ibovespa inicia junho com o pé direito, em um movimento apoiado por gigantes como Petrobras e Vale, mas ainda cercado de desafios no cenário interno. A combinação de commodities em alta, dólar mais fraco e expectativa por reformas pode ditar o ritmo da Bolsa nas próximas semanas.
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