Dólar salta para R$ 5,58 com anúncio de tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil

Após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, o dólar comercial disparou para R$ 5,58, registrando alta de 1,4% após fechamento do pregão desta quarta-feira (9), marcando o maior patamar desde junho.

Destaques

• Cotação final: R$ 5,58, com variação diária de +1,4% — a maior desde o início do mês .

• Dólar futuro: saltou cerca de 2,3% para agosto, chegando a R$ 5,61.

• Ibovespa futuro recuou mais de 2,4%, enquanto à vista caiu 1,31%, fechando em cerca de 137,4 mil pontos.

Interpretação para investidores

• Aversão ao risco intensa: a tarifa elevada reacende temores de guerra comercial, aumentando a demanda por dólar.

• Pressão inflacionária: a alta abrupta do câmbio traz impactos diretos nos preços de combustíveis, remédios, alimentos e insumos mesclados com dólar — um fator que pode atrasar cortes da Selic .

• Beneficiários e prejudicados:

  • Exportadores dolarizados (como VALE3, PETR4) tendem a ganhar com o câmbio favorável.

  • Importadores e empresas dependentes de insumos estrangeiros enfrentam risco maior de custos elevados.

O que monitorar agora

1. Desdobramentos da tarifa: ouvindo negociações e prazos anunciados pelos EUA.

2. Nova cúpula do governo: resposta oficial do Brasil, com possível medidas retaliais sob coordenação de Lula e Alckmin.

3. Movimentações técnicas: rompimento acima dos R$ 5,60 pode abrir espaço para o dólar futuro subir ainda mais.

4. Tendência da Selic: se a inflação importada ganhar força, o retorno de cortes dos juros pode ser postergado.

Estratégia para proteger sua carteira

• Hedge cambial: considere ETFs como IVVB11 ou contratos futuros; parte da estratégia pode incluir exposição a dólar.

• Carteira balanceada: inclua renda fixa atrelada à inflação e ativos dolarizados.

• Seleção inteligente: busque empresas exportadoras que podem absorver bem o câmbio elevado.

A disparada do dólar para R$ 5,58, em meio à escalada das tensões comerciais entre Brasil e EUA, mostra como o cenário internacional pode afetar diretamente o investidor brasileiro. Em momentos como esse, proteger sua carteira com ativos dolarizados, diversificação e atenção aos movimentos do mercado é essencial para preservar patrimônio e aproveitar oportunidades em meio à volatilidade. Fique atento aos próximos desdobramentos.