Ainda Vale a Pena Deixar o Dinheiro na Poupança em 2025?

Poupar em 2025 é empatar com a inflação. Descubra melhores opções com Selic a 15%, renda fixa, FIIs e formas de rentabilizar de verdade.

6/20/20253 min ler

Em 2025, a poupança se torna cada vez menos atrativa frente à inflação e as alternativas de investimento. Com a Selic em 15% ao ano, a maior desde 2006, e uma inflação oficial estimada em cerca de 5,25% a 5,46%, vamos analisar o verdadeiro rendimento dos principais investimentos no Brasil e mostrar por que é hora de buscar opções mais rentáveis.

Por que a Poupança já não é vantajosa?

Atualmente, com a Selic acima de 8,5%, o rendimento da poupança é fixo em 0,5% ao mês + TR, equivalente a cerca de 6,17% ao ano. Porém, com a inflação projetada entre 5,25% e 5,46% para 2025 , o ganho real da poupança é praticamente inexistente — entre 0,7% e 0,9% ao ano. Seu dinheiro permanece estável, mas não cresce em poder de compra.

O que a Selic de 15% significa para você

Com a atual Selic a 15% ao ano — a sétima alta seguida do Copom e o maior patamar em quase 20 anos — surgem oportunidades sólidas nos investimentos de renda fixa. Os juros reais atingem cerca de 9,5%, situando o Brasil entre as economias mais atraentes do mundo para esse tipo de ativo.

Comparativo de rendimento de R$ 10.000

Um estudo da XP mostra como se comportam os principais investimentos com aporte de R$ 10 mil em 1, 2 e 5 anos:

  • Poupança (Selic + TR):

    • 1 ano → ~R$ 10.728,79

    • 5 anos → ~R$ 14.298,82

  • Tesouro Selic 2031 (100% do CDI, líquido):

    • 1 ano → R$ 11.161,19

    • 5 anos → R$ 18.655,31

  • CDB 100% CDI (líquido):

    • 1 ano → R$ 11.166,70

    • 5 anos → R$ 18.616,41

  • LCI/LCA 90% CDI (isento de IR):

    • 1 ano → R$ 11.312,63

    • 5 anos → R$ 18.854,80

A diferença anual tende a ser de 2 a 3 pontos percentuais acima da poupança, o que se acumula significativamente ao longo dos anos.

Outras opções mais vantajosas

1. Tesouro IPCA+

Título público que oferece inflação + taxa real (~6%), com total de cerca de 11,5% ao ano. Ideal para preservar poder de compra e acumular patrimônio.

2. CDBs de bancos digitais

Render até 120% do CDI (~12,8% ao ano), seguros pelo FGC, com liquidez facilitada.

3. FIIs (Fundos Imobiliários)

Ex.: HGLG11 com yield de 8,3%, isento de IR e distribuindo renda mensal. Com cotação a R$ 158,12, renda atrativa sem complexidades.

4. ETFs e ações de dividendos

ETFs como IVVB11 e ações que pagam dividendos permitem crescimento de longo prazo e diversificação com benefícios fiscais.

Comparativo: Rendimento Bruto e Real por Tipo de Aplicação

1. Poupança

  • Rendimento bruto anual: 6,17%

  • Inflação projetada: 5,46%

  • Ganho real aproximado: ~0,7% ao ano

2. Tesouro Selic ou CDBs de 100% do CDI

  • Rendimento bruto anual: entre 11% e 12,8%

  • Inflação projetada: 5,46%

  • Ganho real aproximado: ~6,5% a 7,3% ao ano

3. Tesouro IPCA+

  • Rendimento bruto anual: cerca de 11,5%

  • Inflação projetada: 5,46% (já incluída no cálculo do título)

  • Ganho real aproximado: ~6% ao ano

4. Fundos Imobiliários (FIIs) com yield de 8,3%

  • Rendimento bruto anual: 8,3% (isento de IR para pessoa física)

  • Inflação projetada: 5,46%

  • Ganho real aproximado: ~2,8% ao ano

Conclusão

Em resumo, manter dinheiro na poupança hoje significa abrir mão de ganhos reais substanciais. Com a Selic a 15%, as opções em renda fixa se destacam em termos de rendimento e segurança. Além disso, diversificar em FIIs, ETFs e ações pode acelerar a construção de renda passiva.

Para quem busca rentabilidade acima da inflação, esse é o melhor momento para migrar da poupança e iniciar uma carteira inteligente — mesmo com aportes pequenos e frequência constante.

Leia mais:

Pronto para investir com estratégia? Acesse nosso blog!