Bank of America reavalia Petrobras: de “compra” à recomendação “neutra”

Bank of America rebaixa recomendação da Petrobras (PETR4) de compra para neutro, citando riscos regulatórios. Veja os impactos para investidores.

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7/31/20252 min ler

O Bank of America (BofA Securities) atualizou sua recomendação para a Petrobras (PETR4), mudando de “compra” para rating “neutro”, citando desafios macroeconômicos e regulatórios que agora pesam sobre a empresa.

Apesar da revisão, o banco ainda enxerga potencial de dividendos, calculando um yield de aproximadamente 11,9% em 2024 e 7% em 2025, o que reflete um apelo de curto prazo, ainda que com cautela sobre crescimento futuro.

Fundamentos que motivaram a mudança

  • O cenário de incertezas macroeconômicas e regulatórias no Brasil, especialmente após mudanças recente na governança da Petrobras, levou a gestora a adotar uma postura mais conservadora.

  • O BofA reconheceu a distribuição sólida de dividendos, mas avaliou que os riscos superam a atratividade para recomendação de compra em termos de valuation e visibilidade de crescimento.

Comparativo das recomendações de mercado:

Antes da revisão do BofA:

  • Bank of America: Recomendação de compra para PETR4.

  • Citi, UBS, Santander: Tendência majoritária de compra ou viés otimista.

Após a revisão (julho de 2025):

  • Bank of America: Recomendação alterada para neutro, citando riscos regulatórios e menor visibilidade de crescimento.

  • Outras casas: Algumas mantêm compra, mas com maior cautela e reavaliação do potencial de alta.

Média de mercado atual:

  • Rating médio: "BUY" (compra), de acordo com 19 analistas.

  • Preço-alvo médio: R$ 42,01.

  • Potencial de valorização estimado: Aproximadamente 31% em 12 meses.

Riscos e oportunidades para investidores

Potenciais positivos:

  • Rentabilidade via dividendos – yield estimado de aproximadamente 12% em 2024, reduzindo para aproximadamente 7% em 2025.

  • Possíveis reajustes de política de preços e manutenção do fluxo de caixa operacional estável.

Pontos de atenção:

  • Exposição regulatória e interferência estatal, que podem afetar política de dividendos e investimentos futuros.

  • Câmbio e volatilidade nos preços do petróleo – o real e os preços globais do Brent seguem sensíveis a tensões globais e tarifas comerciais .

  • Visibilidade reduzida de crescimento de lucros e dividendos extraordinários como nos anos anteriores.

A mudança do Bank of America de recomendação para “Neutro” reflete uma visão mais conservadora, diante de riscos políticos e macroeconômicos que hoje triunfam sobre o potencial de retorno por dividendos.

Para quem busca rendimento imediato com menor exposição a flutuações, PETR4 ainda pode ser considerada — desde que o investidor esteja confortável com um cenário de crescimento limitado. Já para carteiras de longo prazo, o risco associado à interferência governamental e restrições regulatórias deve ser bem avaliado.

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