Banco do Brasil (BBAS3) ou Tesouro Selic: Qual Investimento Renderá Mais nos Próximos 12 Meses?

BBAS3 (R$ 21,71) ou Tesouro Selic (14,75%): qual rende mais nos próximos 12 meses? Compare riscos, retornos e dicas para investir em 2025. Confira!

6/7/20255 min ler

Os investidores nesse momento enfrentam uma decisão estratégica: investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3), cotadas a R$ 21,71 na última atualização de 6 de junho de 2025, ou optar pela segurança do Tesouro Selic, que reflete a taxa Selic atual de 14,75% ao ano. Com o mercado financeiro brasileiro em um momento de transição, marcado por inflação controlada e incertezas econômicas, essa escolha exige uma análise aprofundada. Neste artigo, exploraremos detalhadamente as características, riscos, retornos projetados e fatores que podem influenciar ambos os investimentos nos próximos 12 meses, com base em dados atualizados e projeções realistas.

Contexto Atual: Economia Brasileira em Junho de 2025

O cenário econômico brasileiro em junho de 2025 apresenta uma taxa Selic de 14,75% ao ano, conforme decidido pelo Copom em sua última reunião em maio de 2025, refletindo uma alta de 0,5 ponto percentual para conter a inflação, estimada em 5,5% pelo Boletim Focus (atualizado em 5 de junho). O Ibovespa opera na faixa de 122.000 a 128.000 pontos, enquanto o dólar está cotado em torno de R$ 5,86. Esse ambiente de juros elevados e volatilidade política oferece oportunidades e desafios para investidores, especialmente ao comparar ações como a BBAS3 e o Tesouro Selic.

Tesouro Selic: Estabilidade com Rentabilidade Garantida

O Tesouro Selic é um título público de renda fixa atrelado à taxa Selic, garantido pelo Tesouro Nacional, oferecendo liquidez diária e baixo risco. É uma escolha popular para quem prioriza segurança e previsibilidade.

  • Como funciona: O rendimento acompanha a Selic, fixada em 14,75% ao ano em junho de 2025. Com a inflação projetada em 5,5%, o ganho real (acima da inflação) seria de aproximadamente 9,25% ao ano, assumindo que a taxa permaneça estável.

  • Retorno projetado para os próximos 12 meses: Considerando a Selic atual de 14,75%, um investimento de R$ 10.000 no Tesouro Selic renderia cerca de R$ 1.475 brutos em 12 meses. Após o Imposto de Renda (15% sobre o ganho, ou R$ 221,25), o retorno líquido seria de aproximadamente R$ 1.253,50, ou 12,54% ao ano. Ajustado pela inflação (5,5%), o ganho real ficaria em torno de 7%.

  • Riscos: O principal risco é uma possível redução da Selic pelo Copom, caso a inflação caia abaixo da meta (3% ± 1,5%). Analistas no mercado sugerem que, se a taxa for reduzida para 14% até meados de 2026, o retorno pode cair para cerca de 14% bruto ao ano.

  • Vantagens: Liquidez diária, segurança total e rentabilidade previsível, ideal para reservas de emergência ou perfis conservadores.

  • Desvantagens: Retorno limitado em cenários de alta do mercado acionário ou inflação inesperada.

Banco do Brasil (BBAS3): Potencial de Lucro com Volatilidade

As ações do Banco do Brasil (BBAS3), negociadas a R$ 21,71 em 6 de junho de 2025, representam uma opção de maior retorno, mas com riscos associados ao mercado de ações. O banco tem atraído atenção devido aos seus dividendos generosos e projeções otimistas.

  • Desempenho recente: Após uma queda de 2% nas últimas semanas, a BBAS3 se estabilizou em R$ 21,71. No 4º trimestre de 2024, o banco reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,58 bilhões, com uma projeção de crescimento de até 8% em 2025, alcançando R$ 39 bilhões. No entanto, a inadimplência preocupa, com níveis próximos de 3% no 1º trimestre de 2025.

  • Retorno projetado para os próximos 12 meses: As projeções variam. A XP Investimentos estabelece um preço-alvo de R$ 23 (potencial de valorização de 5,9%), enquanto a Ágora Investimentos sugere R$ 25 (potencial de 15,2%). Combinado com um dividend yield estimado em 10,5% (com base em proventos recentes e posts no X), o retorno total bruto pode variar entre 16,4% e 25,7%. Para R$ 10.000 investidos, isso equivale a R$ 1.640 a R$ 2.570, com IR de 15% sobre ganhos de capital (R$ 246 a R$ 385,50), resultando em R$ 1.394 a R$ 2.184,50 líquidos. Ajustado pela inflação (5,5%), o ganho real ficaria entre 10,9% e 19,2%.

  • Riscos: A inadimplência pode aumentar com a Selic elevada, pressionando os lucros. Além disso, vendas por corretoras estrangeiras (ex.: Morgan Stanley) e volatilidade política podem causar quedas adicionais. Posts no X indicam preocupação com o ROE baixo e a recomposição de Basileia, que podem limitar o payout.

  • Vantagens: Dividend yield atraente (10,5%), potencial de valorização em um cenário de recuperação econômica e parcerias como a com a Petrobras (R$ 6,5 bilhões em créditos de exportação em 2025).

  • Desvantagens: Exposição a riscos macroeconômicos, como aumento da inadimplência, e incertezas políticas.

Comparação Detalhada: BBAS3 vs. Tesouro Selic

Analisemos os dois investimentos com base em critérios chave:

  • Rentabilidade:

    • Tesouro Selic: 14,75% bruto (12,54% líquido, 7% real), estável.

    • BBAS3: 16,4% a 25,7% bruto (13,9% a 21,8% líquido, 10,9% a 19,2% real), variável.

  • Risco:

    • Tesouro Selic: Baixo, garantido pelo governo.

    • BBAS3: Alto, sujeito a oscilações de mercado e resultados do banco.

  • Liquidez:

    • Tesouro Selic: Diária, resgates imediatos.

    • BBAS3: Dependente da liquidez no mercado, que pode ser reduzida em crises.

  • Horizonte de investimento:

    • Tesouro Selic: Curto a médio prazo (até 12 meses).

    • BBAS3: Médio a longo prazo (12 meses ou mais), para mitigar volatilidade.

Fatores que podem influenciar os próximos 12 meses

  • Política monetária: Se o Copom mantiver a Selic em 14,75% ou a elevar para 15% (como projetado por alguns analistas), o Tesouro Selic pode se tornar mais atrativo. Uma redução para 14% beneficiaria a BBAS3, aumentando o crédito.

  • Economia brasileira: Um PIB projetado entre 2% e 3% (Boletim Focus) pode impulsionar os lucros do Banco do Brasil, enquanto uma desaceleração favorece títulos de renda fixa.

  • Cenário global: A guerra comercial liderada por Trump e a política de juros nos EUA podem afetar o câmbio (real/dólar), influenciando ambos os ativos indiretamente.

Qual é a melhor escolha para você?

A decisão depende do seu perfil:

  • Conservador: O Tesouro Selic é ideal, com retorno líquido de 12,54% e ganho real de 7%, perfeito para proteger o capital.

  • Moderado a Arrojado: A BBAS3 oferece potencial de 13,9% a 21,8% líquido (10,9% a 19,2% real), desde que você tolere a volatilidade e acredite na recuperação do banco.

  • Estratégia híbrida: Aloque 70% em Tesouro Selic (segurança) e 30% em BBAS3 (crescimento), ajustando conforme o desempenho.

Estratégias práticas

  1. Acompanhe os dados: Monitore a Selic, o IPCA e os relatórios trimestrais do Banco do Brasil (próximo em agosto de 2025).

  2. Ajuste dinamicamente: Se a inadimplência subir acima de 3,5%, reavalie a BBAS3; se a Selic cair, considere mais Tesouro Selic.

  3. Consulte um especialista: Um assessor pode alinhar a escolha aos seus objetivos.

  4. Diversifique: Combine com outros ativos, como FIIs ou ações de setores defensivos.