Gestora enxergando valor: Leblon Equities acredita que ações do Banco do Brasil (BBAS3) podem dobrar de preço
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) podem dobrar de valor, afirma gestora Leblon Equities. Veja os motivos e os riscos dessa aposta ousada no mercado.
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7/31/20252 min ler


Em meio ao pessimismo generalizado do mercado com os resultados recentes, a gestora Leblon Equities decidiu incluir BBAS3 em sua carteira, apostando em uma recuperação substancial. Segundo Pedro Chermont, sócio-fundador da gestora, os papéis poderiam duplicar de valor se o contexto político-brasileiro se realinhar e o valor para o acionista voltar a ser priorizado.
Por que o Banco do Brasil caiu tanto?
A ação acumulou queda de mais de 9% em julho, e quase 20% nos últimos 12 meses, após divulgação de resultados do 1T25 abaixo das expectativas e revisão do guidance para 2025.
A deterioração da percepção em relação ao crédito agrícola e a falta de clareza da gestão contribuíram para agravar o pessimismo, mesmo com dividendos ainda atraentes.
Por que a gestora entrou na contramão?
Margem de segurança percebida: a gestora vê o valuation atual (0,65x valor patrimonial e cerca de 5x lucro) como descontado demais, especialmente num banco estatal com dividend yield de 7% a 8%.
Contexto favorável eleitoral: com possibilidade de vitória de candidato mais liberal, a expectativa de privatizações ou foco em valorização ao acionista justifica a aposta de múltiplos de valorização.
Cenário macro e político: se houver definição clara e estímulo à eficiência, BBAS3 e PETR4 têm chance de dobrar de preço de acordo com a gestora.
Carteira da Leblon: maior exposição a estatais
BBAS3 e PETR4 agora representam cerca de 10% da carteira institucional da gestora, refletindo a confiança em setores sensíveis à mudança de governo.
No total, essas ações equivalem a cerca de 7% da carteira no fundo principal, mostrando convicção significativa na tese.
O que os analistas tradicionais dizem?
Bancos como XP, BTG, Genial, Santander e Bradesco BBI rebaixaram a recomendação para neutro, com projeções revisadas para baixo para 2025 e 2026.
A XP reduziu seu preço-alvo para R$ 32,00/ação e considera o papel de risco elevado até sinais claros de recuperação fundamental.
Cenários possíveis para o investidor
Cenário otimista
Estabilização da economia e reorientação política favorável a estatais.
Manutenção ou aumento de dividendos.
Valuation reavaliado para múltiplos próximos de 10x lucro, condizentes com setor bancário.
Cenário negativo
Continuam os ruídos na gestão e deterioração financeira do crédito agrícola.
Dividendos reduzidos devido à necessidade de provisões.
Sentimento de mercado segue pessimista, segurando o preço da ação em patamares baixos.
A visão da Leblon Equities representa um olhar arrojado na direção contrária ao consenso do mercado. Segundo a gestora, o preço atual do BBAS3, mesmo após queda expressiva, oferece uma margem de segurança embutida. Num cenário de reversão política e retomada de foco no valor ao acionista, o potencial de valorização pode chegar a duplicar — embora esse cenário dependa de fatores macro e políticos ainda incertos.
BBAS3 continua polêmico: enquanto muitos recomendam cautela, essa é uma tese que promete retorno robusto para quem aposta na reviravolta.
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