Por que o Banco do Brasil (BBAS3) registrou sua pior rentabilidade desde 2016?
Banco do Brasil (BBAS3) registra pior rentabilidade desde 2016, com ROE de 8,2%, queda de 60% no lucro e forte impacto da inadimplência no agronegócio.
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8/15/20252 min ler


O Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,78 bilhões no segundo trimestre de 2025, representando uma queda expressiva de 60% em comparação ao ano anterior, abaixo das projeções revisadas pelo mercado.
Principais fatores que explicam essa derrocada:
Rentabilidade em queda livre:
O Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) recuou para apenas 8,2%–8,4%, marcando o patamar mais baixo desde 2016, quando registrou valor equivalente.
Provisões elevadas e deterioração da qualidade de ativos:
As despesas com provisões cresceram cerca de 13,1% acima do esperado, pressionadas principalmente pela piora dos indicadores de crédito, ainda que a receita líquida tenha superado estimativas em 2,6% e as despesas operacionais tenham ficado ligeiramente abaixo (‑1,6%).
Expressiva inadimplência no agronegócio:
A taxa de inadimplência de curto prazo no segmento agro subiu de 4,1% para 5,5%, sinalizando continuidade de impactos negativos nos próximos trimestres.
Impactos tributários pontuais:
O banco registrou R$ 1,2 bilhão em despesas não recorrentes relacionadas ao Programa de Transação Tributária (PTI), parcialmente compensados por gain de R$ 1,1 bilhão com efeitos tributários e PLR, resultando em impacto líquido de apenas R$ ‑72 milhões.
Revisões no guidance para 2025:
O BB ajustou sua projeção de lucro líquido ajustado para R$ 21–25 bilhões, abaixo da estimativa inicial de R$ 37–41 bilhões, e ainda abaixo da estimativa média do mercado (R$ 26,8 bilhões).
Resumo:
Lucro ajustado (2T25): R$ 3,78 bilhões (queda de 60% a.a.);
ROE: 8,2–8,4% — pior desde 2016;
Provisões: +13,1% vs. projeção;
Inadimplência no agro: de 4,1% para 5,5%;
Despesas/PTI: R$ 1,2 bi; compensadas parcialmente (+R$ 1,1 bi), impacto líquido R$ –72 mi;
Guidance 2025: lucro ajustado de R$ 21–25 bi, abaixo do consenso de mercado.
Essa combinação de queda no lucro, alta provisão, deterioração da carteira de crédito — especialmente no agronegócio — e revisões negativas de projeções resultou na pior rentabilidade do Banco do Brasil em quase uma década. O cenário exige cautela: o caminho para recuperação ainda passa por enfrentamento da inadimplência e manutenção de disciplina na gestão de risco.
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